
O tucano criticou, no entanto, o tom "fisiol�gico" usado por Temer no documento. "Talvez fosse mais apropriado discutir na carta mais quest�es do Pa�s que assuntos de car�ter pessoal e interno", afirmou A�cio. Segundo ele, o vice perdeu a oportunidade de se colocar como estadista num momento de crise e preferiu demonstrar preocupa��o com cargos: "Acho que houve ali um destaque excessivo para nomea��o ou aus�ncia de nomea��es".
No texto, Temer reclama que a presidente n�o renovou no segundo mandato a Secretaria da Avia��o Civil, que era ocupada por um de seus aliados, Moreira Franco (PMDB-RJ). Tamb�m se queixa de que a presidente nomeou este ano dois ministros indicados pelo l�der da bancada peemedebista na C�mara, Leonardo Picciani (RJ), sem consult�-lo. "A senhora n�o teve a menor preocupa��o em eliminar do governo o deputado Edinho Ara�jo, deputado de S�o Paulo e a mim ligado", acrescentou Temer. Edinho chefiava a Secretaria dos Portos.
A modera��o de A�cio em rela��o � carta de Temer est� relacionada � repercuss�o negativa do documento nas redes sociais. A�cio, que ficou em segundo lugar na elei��o presidencial do ano passado, tem procurado se manter sintonizado com a opini�o p�blica.
O tucano tamb�m tem sido mais comedido nos ataque diretos � presidente. Quando fala do impeachment, o senador busca ressaltar que � importante avaliar o m�rito da pe�a de pedido de afastamento em vez de simplesmente defender a sa�da sum�ria da presidente do cargo.
O presidente do PSDB tamb�m disse que ver� com "calma" a acusa��o de que Temer tamb�m assinou decretos com gastos extraordin�rios do Or�amento - um dos principais argumentos para o processo de impeachment de Dilma. "N�o estou pensando em entrar com pedido de investiga��o ainda", disse. "� um assunto que veremos mais adiante", completou. A posi��o de A�cio diverge da opini�o do l�der da minoria no Senado, Alvaro Dias (PSDB-PR), que vai levar o caso ao Tribunal de Contas da Uni�o (TCU).