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Estado de Minas

Ex-relator do Conselho de �tica diz ter sofrido amea�as e pede investiga��o da PF


postado em 09/12/2015 19:19 / atualizado em 09/12/2015 18:47

(foto: Alex Ferreira / Câmara dos Deputados)
(foto: Alex Ferreira / C�mara dos Deputados)

O deputado Fausto Pinato (PRB-SP) anunciou nesta quarta-feira, 9, que pediu ao ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, que a Pol�cia Federal abra inqu�rito para investigar supostos crimes de amea�a que teria sofrido enquanto estava na relatoria do processo contra o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no Conselho de �tica. Em entrevista coletiva poucas horas ap�s ser destitu�do do cargo, Pinato voltou a relatar as amea�as que ele e familiares teriam sofrido e deu a entender que teria recebido, inclusive, propostas financeiras para salvar Cunha em seu relat�rio.

De acordo com o deputado, ele e seu motorista foram abordados em aeroportos por "pessoas desconhecidas". "Falaram para eu pensar na fam�lia, que tinha filho pequeno, irm�o pequeno", contou. "Recebi aconselhamentos para pensar na minha vida pessoal, pensar no meu futuro", acrescentou, sinalizando propostas financeiras. Segundo ele, as amea�as s� pararam porque ele tomou medidas "cab�veis", contratando seguran�a particular e emprestando de um amigo um carro blindado para sua fam�lia. "Tamb�m tenho um PM dormindo dentro da minha casa", disse.

Pinato ressaltou que tem como testemunha o secret�rio da Seguran�a P�blica do Estado de S�o Paulo, Alexandre de Moraes. O parlamentar contou que, al�m da conversa reservada com o ministro da Justi�a, procurou Moraes para fazer um Boletim de Ocorr�ncia (B.O.) "reservado", para que n�o vazasse � imprensa. O deputado justificou que tomou tais medidas de forma secreta porque n�o queria que isso interferisse nos trabalhos do Conselho de �tica. "N�o posso dizer de onde as amea�as partiram", afirmou.

O deputado e aliados, contudo, j� tinham relatado que ele vinha sofrendo amea�as no fim de novembro, inclusive no plen�rio da C�mara. Diante dos relatos, o presidente da Casa enviou of�cio � Pol�cia Federal pedindo abertura de inqu�rito para investigar o caso. A PF, contudo, negou pedido de Cunha. O �rg�o justificou que, de acordo com o C�digo Penal, crimes de amea�a s� podem ser investigados se houver representa��o da pr�pria vitima. Foi ent�o que Pinato procurou o ministro Jos� Eduardo Cardoso e fez o pedido.

Medo de morrer

Pinato contou que decidiu antecipar a apresenta��o de seu relat�rio por medo de morrer. "Protocolei sim antes, porque fiquei com medo de morrer. E eu queria terminar minha miss�o e protocolar um relat�rio em cima da minha consci�ncia", disse. "S� Deus e minha fam�lia sabem o que eu passei".

Ele disse que n�o faz quest�o de voltar ao cargo de relator. "Briguem para que votem relat�rio pela admissibilidade. O Brasil tem pressa, n�s precisamos mostrar para o Brasil a verdade", afirmou, ressaltando que votar� contra Cunha no Conselho.

O deputado destacou ainda que n�o denunciou nada relacionado a poss�veis propostas financeiras para salvar o presidente da C�mara no colegiado, pois "quest�es de press�o e supostas propostas" fazem parte deste trabalho. "N�o (cheguei a denunciar nada disso) porque at� a quest�o de press�o e supostas propostas, isso faz parte, eu acho, da press�o do parlamentar. O parlamentar tem a dignidade e obriga��o de aguentar", disse. "Mas a partir do momento em que se chega perto da nossa fam�lia, isso se torna um pouco mais absurdo", emendou.


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