O ato pelo impeachment da presidente Dilma realizado na tarde deste domingo em Curitiba teve dois personagens como tema dos gritos de ordem: o juiz federal S�rgio Moro, respons�vel pelo processo da Opera��o Lava Jato, aclamado como her�i, e o ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Edson Fachin, como vil�o.
Segundo estimativas da Pol�cia Militar, cerca de 7 mil pessoas compareceram � manifesta��o. A organiza��o, feita por tr�s movimentos - Curitiba contra a Corrup��o, Movimento Brasil Livre e Marcha com Deus pela fam�lia e pela liberdade - contabilizou 20 mil manifestantes. As convoca��es foram feitas atrav�s das redes sociais e, de acordo com os pr�prios organizadores, sem liga��es com qualquer partido pol�tico.
Assim como Moro, da Justi�a Federal em Curitiba, Fachin tamb�m tem liga��o com a cidade: embora seja ga�cho, ele � professor do curso de Direito da Universidade Federal do Paran�. A pra�a em frente ao pr�dio hist�rico da UFPR � o local das concentra��es para todas as manifesta��es da cidade. Fachin decidiu nesta semana suspender o rito do impeachment at� an�lise da quest�o pelo plen�rio do STF, marcada para quarta-feira, 16, e foi criticado pelos manifestantes como "comprado" e "corrupto".
POVO NA RUA "O nosso movimento � composto apenas por cidad�os. � o povo na rua. N�s n�o somos sindicatos ou organiza��es pagas pelo governo federal", afirma Cristiano Rocha, um dos organizadores da manifesta��o.
O grupo Curitiba contra a corrup��o vendia camisetas com a estampas do rosto do juiz S�rgio Moro para arrecadar fundos para esta e outras manifesta��es. Segundo Rocha, o aluguel do boneco infl�vel "Pixuleco", com a figura do ex-presidente Lula vestido de presidi�rio, custou R$ 3 mil. Al�m desta despesa, foram alugados dois caminh�es de som para o ato deste domingo. Cada camiseta custava R$ 30.
Os grupos se revezaram em discursos e depois seguiram em caminhada pelo cal�ad�o da Rua das Flores, acompanhados de longe pela Pol�cia Militar. N�o foram registrados incidentes.