
O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, avaliou nesta ter�a-feira, 15, como "normal" a Opera��o Catilin�rias. A a��o � desdobramento da Lava Jato e cumpriu 53 mandados de busca e apreens�o, entre eles contra o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), o ex-s�cio do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) Aldo Guedes e uma prima de Campos, Patr�cia Guedes �lvaro. Para Siqueira, a opera��o n�o deve influenciar na decis�o de posicionamento do partido em rela��o ao impeachment da presidente Dilma Rousseff.
"N�o houve pessoas novas, j� eram situa��es conhecidas. Foi uma opera��o normal de apura��o de den�ncias", afirmou. De acordo com o dirigente partid�rio, a legenda n�o faz pr�-julgamento contra seus membros e prefere acreditar na inoc�ncia alegada pelos suspeitos. Siqueira discordou da tese de alguns deputados do PMDB de que a opera��o foi articulada pelo governo para atingir opositores. "N�o sei (se tem dedo do Planalto). Tem uma tonelada de gente do governo alvo da opera��o", disse.
Siqueira comunicou que decidiu cancelar a reuni�o da Executiva Nacional prevista para esta quinta-feira, 17, em raz�o do julgamento do rito do impeachment pelo Supremo Tribunal Federal (STF) previsto para quarta-feira, 16, e, principalmente, pela indefini��o sobre o recesso parlamentar de fim de ano. Segundo ele, se os parlamentares n�o forem convocados em dezembro e janeiro, o partido dever� "demorar mais um pouco" para decidir que posicionamento vai adotar oficialmente sobre o impeachment de Dilma.
Atualmente, Siqueira lembra que o partido est� dividido sobre o assunto. "Deputados dizem que a maioria na C�mara � favor�vel (ao impeachment), enquanto os senadores t�m posi��o justamente contr�ria, e os governadores s�o mais moderados", explicou. O presidente nacional do PSB disse j� ter um posicionamento pessoal sobre o assunto, mas prefere n�o revelar, para n�o influenciar a opini�o dos demais membros da executiva nacional.
Recesso
Siqueira ressaltou que o partido � a favor da suspens�o do recesso de fim de ano. "Se houver parada, que seja apenas nas semanas das festas", defendeu. Na avalia��o dele, se os parlamentares n�o trabalharem em dezembro e janeiro, a crise pol�tica e econ�mica vai piorar. "N�o d� para ficar com essa luta pol�tica dos dois principais partidos (PT e PMDB) para se manter no poder enquanto o Pa�s afunda", criticou.