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Estado de Minas

Cardozo nega acusa��es de Cunha sobre interfer�ncia do governo na Lava Jato


postado em 15/12/2015 22:01

Bras�lia, 15 - O ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, rebateu as declara��es do presidente da C�mara, Eduardo Cunha, de que o governo estaria por tr�s das opera��es que est�o o investigando por vingan�a e provocou o peemedebista ao dizer que n�o foi a Curitiba "esconder bens ou contas no exterior".

"N�s n�o influenciamos absolutamente nada em rela��o a quem deve ou n�o deve ser investigado. Portanto, esse tipo de acusa��o � absolutamente indevida, incorreta e a pr�pria realidade est� ai para mostrar o contr�rio", disse o ministro, ap�s participar de evento ao lado da presidente Dilma Rousseff.

Mais cedo, Cunha citou nominalmente Cardozo e disse que o governo atuava como vingan�a pela abertura do processo de impeachment. "Me tornei mais desafeto ainda na medida em que dei curso ao processo de impeachment. Todos sabem disso. Nada mais natural que eles busquem o seu revanchismo", protestou.

Ao refor�ar que a PF age de forma "isenta" e aut�noma, o ministro disse ainda que n�o � "daqueles que faz retalia��es". "Eu n�o sou daqueles que uso o meu poder para fazer vingan�a. Eu sou daqueles que defende a democracia", disse.

Questionado se caso o Minist�rio da Justi�a tivesse influ�ncia sobre a Pol�cia Federal, Cunha j� estaria preso, Cardozo disse que "todos, inclusive o presidente da C�mara tem direito ao contradit�rio e � ampla defesa". "Eu n�o desejo �queles que me criticam algo que n�o seja o direito na forma em que ele est� posto", disse. "Jamais retaliarei �queles que usam tamb�m o seu poder para me retaliar."

Cardozo riu ao comentar a acusa��o de Cunha de que ele teria ido a Curitiba, sede das investiga��es da Lava Jato, de madrugada para influenciar o andamento dos processos. "Eu posso afirmar em alto e bom som, e o presidente da C�mara pode ficar absolutamente tranquilo, que eu n�o fui a Curitiba esconder bens, nem tentar ocultar bens no exterior ou conta, porque n�o os tenho", alfinetou.

O ministro disse que a viagem a Curitiba na semana passada foi para tratar de um tema de seguran�a p�blica e que ela aconteceu "tarde da noite", pois naquele dia havia sido chamado pela presidente para uma reuni�o que acabou por volta das 11 da noite. "Eu fui tratar do meu trabalho, da minha fun��o, da minha atividade como ministro e isso foi registrado publicamente na minha agenda", afirmou.

Segundo Cardozo, em Curitiba ele se encontrou com o secret�rio estadual de seguran�a p�blica, por conta de uma demanda apresentada no dia anterior pelo governador do Paran� Beto Richa (PSDB).

Cardozo rebateu as declara��es de Cunha de que tentam jogar sobre ele o "roubo que foi feito pelo PT". "Eu respondo com a realidade. Est� se investigando tudo e todos que precisam ser investigados. Pouco importa o partido, pouco importa se pertence ao PT, se pertence ao PMDB, se pertence � oposi��o", disse Cardozo, que tem sido h� tempos alvo de cr�ticas de membros de seu partido pela atua��o da PF, que levou a pris�o alguns petistas como o ex-tesoureiro Jo�o Vaccari e o senador Delcidio Amaral.

O ministro disse que n�o h� ningu�m acima da lei e alfinetou Cunha dizendo que "algumas pessoas parecem que se julgam que est�o acima dela". "Aqueles que se julgam que est�o acima da lei ter�o que aprender com o estado de direito que a lei vale para todos. Essa � a postura do Minist�rio da Justi�a, essa tem sido a postura da Pol�cia Federal, que tenho certeza ser� postura tamb�m do Judici�rio, como vem sendo a postura do Minist�rio P�blico Federal."

Impeachment

O ministro da Justi�a refor�ou nesta ter�a que n�o existe nenhum fundamento jur�dico para o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff e que confia nas institui��es. "Tenho absoluta convic��o que as institui��es brasileiras recha�ar�o qualquer possibilidade de impeachment n�o fundamentada como este que efetivamente hoje est� sendo objeto de discuss�o na C�mara dos Deputados", afirmou.


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