Barbosa diz que mudan�a da meta fiscal foi resultado de uma negocia��o

Bras�lia, 17 - O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, afirmou nesta quinta-feira, 17, em evento no Instituto de Pesquisa Econ�mica Aplicada (Ipea), que a mudan�a da meta fiscal para o pr�ximo ano, proposta pelo governo e aceita pelo Congresso, foi uma "decis�o de governo" e n�o um resultado do rebaixamento do grau de investimento pela ag�ncia de classifica��o de risco Fitch. "Vamos perseguir essa meta", disse.

"Foi resultado de uma negocia��o com o Congresso Nacional. A proposta que o governo fez foi de 0,5% do PIB com a possibilidade de abatimento para pagar investimentos, restos a pagar processados de investimentos, refor�ar a��es de sa�de, defesa civil e, eventualmente, incorporar frustra��o de receita. Mas na negocia��o chegou-se a um acordo para aprovar o 0,5%. Foi o acordo poss�vel de ser feito, foi um bom acordo e agora temos uma meta para o ano que vem", comentou.

Ap�s uma declara��o da presidente da Comiss�o Mista de Or�amento (CMO), senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), de que Levy disse � ela n�o ter participado de discuss�es sobre a mudan�a da meta, Barbosa afirmou que todas essas decis�es s�o de governo e discutidas com a equipe econ�mica. "Todas as propostas de governo s�o conversas com os ministros envolvidos", afirmou.

Segundo o ministro, neste momento, n�o h� uma proposta para alterar as vincula��es or�ament�rias. "N�o h� proposta neste sentido", afirmou.

Programas sociais

Barbosa afirmou ainda que � preciso consolidar o processo de inclus�o social promovido pelo governo nos �ltimos anos. "Avan�amos bastante e temos que consolidar essa evolu��o e transformar os programas em mais sustent�veis", disse.

O dirigente do Planejamento lembrou que inclus�o social n�o � s� transfer�ncia de renda e lembrou da necessidade de pol�ticas de sa�de e seguran�a. "Exige coordena��o e temos que avan�ar mesmo no contexto de menores recursos, n�o podemos avan�ar tanto quanto desejar�amos, mas podemos avan�ar nisso com melhores gest�o do gasto, uso de tecnologias, processos de gest�o que s�o adotados no resto do mundo", afirmou.

O ministro lembrou ainda que os recursos para programas como o Pronatec, Ci�ncias sem Fronteiras, Minha Casa, Minha Vida e que tiveram os recursos ajustados para se adequarem � nova realidade econ�mica do Pa�s em meio � crise econ�mica.

Ato falho

Durante evento no Ipea, Barbosa cometeu um ato falho e falou como se fosse ministro da Fazenda. "Estamos trabalhando no Minist�rio da Fazenda, com o Planejamento", disse o ministro, que se corrigiu em seguida. Sobre a possibilidade de assumir o cargo que hoje � ocupado por Levy, Barbosa preferiu n�o comentar. "N�o comento sobre assuntos particulares de ministros ou meus. S� duas pessoas podem falar sobre isso", finalizou.