
Ontem, subempreiteiros da regi�o que cobram d�vidas da construtora referentes a interven��es j� finalizadas se reuniram no escrit�rio da empresa e, sob media��o da Justi�a, iniciaram conversas para um acordo sobre os pagamentos atrasados. Empreiteiros avaliaram que, apesar da informa��o de retomada da Isolux, os equipamentos s� voltariam � rodovia num segundo est�gio.
Os credores, que representam 23 empresas do Vale do A�o, v�o apresentar hoje � Justi�a documento com a cobran�a de pagamentos atrasados que giram em torno de R$ 1,8 milh�o. Uma das possibilidades � a quita��o em 40 dias, quando o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) deve realizar a pr�xima medi��o no trecho em que as obras foram retomadas.
Por meio de nota, a Isolux afirmou ontem que aguarda ainda a libera��o de verbas por parte do DNIT para que o ritmo dos trabalhos seja normalizado. “Como definido pelo Poder Judici�rio, aguarda-se tamb�m a regulariza��o integral dos repasses por parte do DNIT, o que, espera-se, deva ocorrer brevemente”, diz a construtora. O �rg�o federal j� teria liberado um ter�o dos recursos negociados com a Justi�a – R$ 8 milh�es do total previsto de R$ 24 milh�es – e informou, na �ltima audi�ncia, que a libera��o total ocorrer� de acordo com as medi��es e conclus�es das obras.
Desde dezembro, quando a Justi�a Federal determinou a retomada, empreiteiros e funcion�rios de empresas da regi�o protestam contra suposto calote da Isolux. As obras entre Valadares e Jaguara�u, num trecho de 130 quil�metros, come�aram em 2014, mas foram paralisadas no ano passado, quando a empreiteira espanhola anunciou que desistiria de participar da duplica��o. O DNIT amea�ou multar a empresa e a disputa chegou ao Poder Judici�rio.
Desde agosto, a ju�za federal da 2º Vara de Ipatinga Dayse Starling tem intermediado as negocia��es e cobrado prazos para a retomada. Uma das principais preocupa��es � a deteriora��o dos servi�os que j� foram feitos ao longo da rodovia, mas que continuam sem ser liberados para os motoristas. At� agora, nenhum quil�metro da duplica��o foi entregue aos usu�rios com as melhorias prometidas.
Apesar de apontada pelo Minist�rio dos Transportes como obra priorit�ria nas a��es de mobilidade nacional, a duplica��o recebeu poucos repasses em 2015. Foram apenas R$ 106,6 milh�es ao longo de 12 meses, montante que representa menos de 5% dos mais de R$ 2,5 bilh�es estimados para a melhoria dos 303 quil�metros entre Belo Horizonte e Valadares. A duplica��o foi inclu�da no Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC) em 2010, mas s� em maio de 2014 foi assinada a ordem de servi�o para in�cio das obras. No ano passado, com os cortes nos or�amentos do Minist�rio dos Transportes, novas licita��es e libera��es de verbas foram adiadas.