Temer percorre pa�s para consolidar recondu��o ao comando do partido

Bras�lia - Com mapa dos representantes do PMDB que t�m poder de voto nas m�os, o vice-presidente da Rep�blica, Michel Temer, iniciar� no fim deste m�s um giro pelo pa�s para tentar consolidar apoio � sua recondu��o ao comando da legenda e de impedir as movimenta��es do grupo do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). O vice tem hoje o apoio de cerca de 60% do partido. Com o receio de ter a lideran�a partid�ria posta em xeque e diante da proximidade da conven��o nacional da legenda, prevista para mar�o, Temer montou um grupo espec�fico para cuidar da sua campanha, que contar� com a participa��o do presidente da Funda��o Ulysses Guimar�es, Moreira Franco, e do ex-ministro Eliseu Padilha.

O tour deve come�ar pela Regi�o Sul, onde historicamente o vice det�m maior n�mero de apoio. A princ�pio, as viagens ser�o feitas com recursos da legenda. Segundo o secret�rio-geral do PMDB, deputado Mauro Lopes (MG), al�m das visitas �s principais capitais do pa�s, a campanha tamb�m deve contar com uma estrutura de call center para efetivar contatos com representantes do partido nas cidades que Temer n�o puder visitar. De acordo com um aliado, Temer vai procurar delegados da sigla para saber o que eles acham da dire��o atual e at� encomendou pesquisas. A decis�o de Temer pelo in�cio da campanha ocorre de olho nas sinaliza��es de que o grupo liderado pelo senador Renan Calheiros lan�ar� um candidato para disputar o comando da c�pula da legenda. Entre os nomes cotados est� o do senador Romero Juc� (RR).

No tabuleiro da batalha interna, os dois lados disputar�o os votos dos representantes do Rio de Janeiro, estado que conta com o maior n�mero de delegados na conven��o. No cen�rio atual, Temer est� em desvantagem na corrida pelos votos dos peemedebistas fluminenses. Lideran�as do PMDB do estado ressaltam que n�o ficou no esquecimento a manobra do vice, realizada no fim do ano passado, para tentar tirar o deputado Leonardo Picciani (RJ) da lideran�a da bancada da C�mara. Segundo integrantes da legenda, se houver disputa na conven��o, o Rio apoiar� o movimento liderado por Renan.

Com receio de haver um acirramento na disputa pelo comando do PMDB, Temer passou a adotar neste in�cio de ano um discurso de “unidade” e “harmonia”. “Ele vai pregar a unidade partid�ria, ressaltando que o PMDB � o maior partido do Brasil se estiver junto. Se estiver desunido, n�o vai ter peso para bancar a posi��o de alternativa ao PT e ao PSDB em 2018”, afirmou o deputado Osmar Terra (PMDB-RS), aliado do vice. A passagem de Temer pelos diret�rios estaduais tamb�m servir� para ele ouvir a sigla a respeito de um poss�vel desembarque do governo. “Ele n�o vai tocar no tema, mas � �bvio que essa quest�o vai entrar nas discuss�es, os companheiros v�o se colocar”, disse Darc�sio Perondi (PMDB-RS).