Bras�lia, 12 - O l�der do PMDB na C�mara, Leonardo Picciani (RJ), se re�ne na tarde desta ter�a-feira, 12, com deputados contr�rios � sua reelei��o para debater as regras para escolher o novo comandante da bancada em 2016. Est�o com ele os deputados Darc�sio Perondi (RS) e Leonardo Quint�o (MG), que chegou a ocupar o posto por uma semana em dezembro, mas foi destitu�do ap�s Picciani conseguir, com ajuda do governo, maioria de assinaturas.
De acordo com Picciani, o encontro � um "bate-papo" informal, para trocar "ideias" sobre o que � poss�vel "convergir" em rela��o ao modo como a elei��o ser� realizada. O deputado fluminense defende que, para ser reeleito, precise de metade mais um dos votos da bancada, composta por 67 parlamentares.
J� Quint�o e Perondi defendem que, para ser reeleito, o candidato precisa ter 2/3 dos votos da bancada, ou seja, no m�nimo 44 apoiamentos. Os parlamentares contr�rios a Picciani alegam que esse qu�rum foi acertado com o atual l�der logo ap�s sua elei��o para lideran�a, em fevereiro do ano passado.
"O l�der � express�o da maioria e n�o de dois ter�os. Tanto � assim que este grupo (contr�rio a Picciani), quando no final do ano me afastou da lideran�a por um semana, fez por uma lista que tinha apenas uma assinatura acima do m�nimo necess�rio, portanto referendando este qu�rum", rebateu Picciani.
Sugest�es
Quint�o e Perondi levaram � reuni�o uma lista com sugest�es de regras. Eles defendem que somente os deputados titulares, "independentemente de estarem no exerc�cio do mandato", tenham direito a voto. "Por exemplo, poder�o votar ministros e secret�rios de Estado sem necessidade de licenciamento do cargo".
Os peemedebistas contr�rios a Picciani sugerem tamb�m que as chapas possam ser registradas at� as 18 horas de 25 de janeiro e que elei��o seja realizada em 3 de fevereiro, �s 16 horas, por meio de vota��o secreta. A vota��o secreta tamb�m � defendida pelo atual l�der do PMDB.
Quint�o e Perondi defendem ainda que a comiss�o especial do impeachment da presidente Dilma Rousseff na C�mara deva ser composta igualitariamente com as duas tend�ncias da bancada: a favor e contra o afastamento da petista. Picciani j� sinalizou que ir� contemplar todas as alas da sigla nas indica��es.
Temer
Picciani avaliou nesta ter�a como "desnecess�ria" a presen�a do vice-presidente da Rep�blica e presidente nacional do partido, Michel Temer, na disputa interna da bancada. Para o parlamentar, a escolha da nova lideran�a da sigla na Casa deve ser tratada internamente entre os parlamentares do partido.
"Este tema (elei��o do novo l�der) est� sendo tratado no interior da bancada. O conjunto da bancada tem um apre�o grande pelo presidente Temer, de modo que particularmente eu acho que � desnecess�ria a presen�a do presidente do partido e vice-presidente da Rep�blica na disputa interna da bancada", afirmou Picciani ao chegar � C�mara.
O parlamentar disse acreditar na neutralidade de Temer na disputa. O vice-presidente, no entanto, tem tentado n�o deixar suas digitais na disputa. Trata-se de estrat�gia para n�o dividir a bancada da legenda, o que poderia atrapalhar seu principal foco neste momento, a reelei��o para presid�ncia nacional do PMDB.
Questionado se, diferentemente de Temer, o Planalto n�o estaria interferindo na disputa, Picciani recha�ou. Apesar dos movimentos confirmados pelo governo, nos bastidores, para conseguir reeleger o deputado fluminense, o parlamentar acredita que o Planalto n�o faz nenhum movimento para benefici�-lo na disputa.
"O m�ximo que pode se dizer � que h� um posicionamento pol�tico do Planalto em me considerar um aliado. Esse � um posicionamento de natureza pol�tica", rebateu Picciani.