Em busca de apoio, Dilma deve participar de ato do PDT contra impeachment

Bras�lia, 18 - Em busca de apoio na luta contra a amea�a do impeachment, a presidente Dilma Rousseff deve participar de reuni�o do diret�rio nacional do PDT nesta sexta-feira, 22, em Bras�lia. No evento, o partido pretende fazer um grande ato p�blico em defesa do mandato da petista.

O diret�rio deve referendar posi��o contra o processo de impeachment da presidente, j� aprovada pela executiva nacional da sigla em dezembro do ano passado. O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, afirma que Dilma aceitou convite do partido e deve participar da abertura ou do encerramento da reuni�o do diret�rio, a depender de sua agenda. Durante a sua participa��o, a presidente receber� apoio p�blico de lideran�as pedetistas, como os ex-ministros Cid e Ciro Gomes e o pr�prio Lupi.

"Nesse momento, � importante ter um lado e o nosso lado � em defesa da legalidade e da democracia", afirma Lupi. O apoio do PDT vir� em momento importante para Dilma. O ato do partido em defesa da petista ser� realizado a pouco mais de uma semana da volta do recesso parlamentar, quando deve voltar � tona a discuss�o sobre o processo de impeachment na C�mara, deflagrado em dezembro de 2015 pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Em fevereiro, � esperada a instala��o da comiss�o especial do impeachment, que emitir� parecer sobre o processo. Carlos Lupi explica que o posicionamento contra o impeachment j� tinha sido fechado pela executiva nacional e pelas bancadas do PDT no Congresso Nacional em 8 de dezembro, mas precisa ser referendada pelo diret�rio nacional para ter validade legal e pol�tica.

Na ocasi�o, o partido lan�ou nota acusando os pedidos de impeachment de "golpismo" e questionando a legitimidade do processo, por ter sido deflagrado por Cunha, que � alvo de den�ncias de corrup��o. A reuni�o do diret�rio nacional do PDT ocorrer� no mesmo dia em que o ex-deputado e ex-governador Leonel Brizola, fundador do partido, completaria 94 anos.

Por isso, o partido far� uma "sauda��o" ao l�der pedetista, morto em 2004. Segundo Lupi, Dilma, que foi filiada � sigla antes de entrar no PT, deve participar do ato. No �ltimo dia 29 de dezembro, Dilma sancionou lei aprovada pelo Senado que incluiu Brizola no Livro dos Her�is da Patr�cia.

Procurado pelo Broadcast Pol�tico, servi�o de not�cias em tempo real da Ag�ncia Estado, o Pal�cio do Planalto informou n�o ser poss�vel confirmar a participa��o de Dilma no evento do PDT, pois a agenda de sexta-feira dela ainda n�o foi fechada. Na quinta-feira, 21, a petista deve participar de inaugura��o de obra no Recife (PE). Na semana seguinte, a presidente embarca para Quito, capital do Equador, onde participar� da reuni�o da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).

Candidatura pr�pria

Al�m da defesa do mandato de Dilma, o diret�rio nacional do PDT deve referendar, no mesmo dia, a tese de candidatura pr�pria do partido em 2018. Apesar de Ciro ser considerado o "nome mais prov�vel" e j� ter sido lan�ado por Lupi em outras ocasi�es, o dirigente afirma que n�o dever� haver men��o a nomes durante o evento de sexta-feira. Para evitar constrangimento � presidente, o referendo deve ocorrer em hor�rio distinto ao que a petista estar� presente.

Lupi e outros dirigentes pedetistas ressaltam que Dilma j� foi comunicada previamente da inten��o do PDT de disputar a Presid�ncia da Rep�blica em 2018. "Quando ela nos convidou a participar do governo nesse segundo mandato (o PDT est� a frente do Minist�rios das Comunica��es), avisamos a ela da nossa inten��o", conta o presidente do partido. "Na ocasi�o, ela disse que 2018 estava distante e que precisava do nosso apoio nesse momento", comenta pedetista em reservado.

Elei��es

Um dia antes da reuni�o que contar� com a participa��o de Dilma, a dire��o do PDT se reunir� tamb�m em Bras�lia para tratar sobre as elei��es municipais deste ano. De acordo com o presidente nacional da sigla, as dire��es estaduais dever�o apresentar relat�rios sobre candidaturas a prefeitos, vice-prefeitos e vereadores em todo o Pa�s. Na ocasi�o, ser�o debatidas as alian�as e coliga��es que o partido poder� fazer para o pleito.