Sem acordo, bancada de MG � liberada para votar em quem quiser para l�der do PMDB

Bras�lia, 18 - Ap�s mais de tr�s horas de reuni�o, a bancada do PMDB de Minas Gerais n�o chegou a um consenso sobre como deve se posicionar na disputa pela lideran�a do PMDB na C�mara e liberou seus sete integrantes a apoiarem o candidato que quiserem. Sem acordo, o deputado Newton Cardoso J�nior (MG) retirou sua candidatura, e Leonardo Quint�o (MG) confirmou que ser� candidato de um "grupo", formado em sua maioria pela ala pr�-impeachment do partido.

"N�o teve consenso e, por isso, a bancada est� liberada para votar em quem quiser. Minas n�o ter� um candidato (a l�der do PMDB)", afirmou Cardoso ao Broadcast Pol�tico, servi�o de not�cias em tempo real da Ag�ncia Estado. De acordo com ele, na reuni�o houve tr�s propostas: a candidatura dele, a de Quint�o e o apoio � reelei��o do atual l�der do partido na Casa, Leonardo Picciani (RJ). "Coloquei meu nome e repeti que seria candidato se houvesse consenso. Como n�o houve, retirei minha candidatura", justificou.

Segundo Quint�o, a defesa de apoio a Picciani foi feita pelo deputado Mauro Lopes (MG). O parlamentar mineiro foi sondado pelo Pal�cio do Planalto para assumir a Secretaria da Avia��o Civil, em troca de apoiar a recondu��o do deputado fluminense, e j� declarou que tem interesse no cargo. "O Mauro Lopes insistiu na quest�o do minist�rio e declarou apoio ao Picciani, porque ele (Picciani) prometeu a ele (Lopes) ser ministro, caso Lopes e a bancada o apoiem", comentou Quint�o.

Sem consenso na bancada, Quint�o afirmou que ser� candidato do grupo que articulou a derrubada de Picciani e a condu��o dele � lideran�a do PMDB em dezembro do ano passado. Apesar de o grupo ser formado majoritariamente por deputados pr�-impeachment, o parlamentar mineiro sustenta que sua candidatura n�o deve ser considerada anti-Dilma. "Minha candidatura ser� pr�-PMDB. N�o cabe a mim ser contra ou a favor de impeachment, mas apenas conduzir o processo", disse.

Quint�o destacou que o vice-governador de Minas Gerais e presidente estadual do PMDB, Ant�nio Andrade, se comprometeu em procurar o Pal�cio do Planalto para reiterar que a candidatura dele n�o � pr�-impeachment. "O Picciani tem propagado isso, mas ele est� mentindo. O presidente do PMDB mineiro vai l� falar que minha candidatura � do partido e que ir� defender a maioria do PMDB", afirmou.

Quint�o disse estar "bem tranquilo" em rela��o � sua elei��o � lideran�a do PMDB. Conforme o parlamentar, o voto secreto - j� acordado entre ele e Picciani durante reuni�o na semana passada - deve favorec�-lo. "Com o voto secreto, fico bastante confort�vel, porque vai evitar aqueles que querem votar em mim sejam pressionados ou amea�ados por interfer�ncias externas", afirmou. O deputado mineiro disse ter votos de 5 dos 7 integrantes da bancada mineira. Ele diz s� n�o contar com os votos de Newton e de Mauro.

"Estou bem tranquilo. Vamos chegar a mais de 40 votos", afirmou Quint�o. Nesta ter�a-feira, 19, ele e Picciani devem se reunir para fechar as regras da elei��o. A principal diverg�ncia at� agora em rela��o ao n�mero de votos necess�rio, em caso de reelei��o. Enquanto o deputado fluminense defende que o candidato precise de apenas maioria absoluta (34 votos), o parlamentar mineiro defende m�nimo de 2/3 dos apoiamentos (44 votos) para que um peemedebista se reeleja.