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Estado de Minas

Coordenador da Lava-Jato prev� pena pr�xima a 100 anos de pris�o para Odebrecht


postado em 22/01/2016 13:01 / atualizado em 22/01/2016 13:47

S�o Paulo, 22 - Coordenador da for�a-tarefa que investiga a Opera��o Lava-Jato, o procurador Deltan Dallagnol disse na manh� desta sexta-feira, que, se somados os crimes em s�rie atribu�dos ao empreiteiro Marcelo Odebrecht, dono da empreiteira que leva seu sobrenome, a pena atribu�da a ele poderia passar dos 2 mil anos de reclus�o.

Mas, como no sistema penal brasileiro crimes semelhantes n�o acumulam penas, a expectativa da Procuradoria � que o empres�rio seja condenado a "menos de 100 anos de pris�o".

"Se formos somar as penas de todos os crimes em s�rie, por incr�vel que pare�a as penas somariam de 2 mil anos de pris�o", disse o procurador em entrevista � r�dio Bandnews FM. "Mas quando aplicamos a regra de crimes continuados, porque a pessoa cometeu uma s�ria de crimes em sequ�ncia, a pena vai para muito menos que isso. A expectativa � que uma pena inferior a 100 anos de pris�o. Estamos fazendo nossas alega��es finais e avaliando isso", afirmou.

Marcelo Odebrecht est� preso preventivamente desde junho do ano passado, acusado de pagamento de R$ 137 milh�es em propinas e de atrapalhar as investiga��es da Lava-Jato.


Na entrevista, o procurador rebateu as cr�ticas feitas pela defesa de Odebrecht, de que teria havido inconsist�ncia entre o que foi efetivamente dito pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa no depoimento em que citou o empres�rio, e o que consta no termo escrito de suas declara��es.

Segundo Dallagnol, o depoimento ao qual a defesa de Odebrecht se refere foi colhido por um procurador que atua junto � Procuradoria-Geral da Rep�blica, que investiga casos relacionados a r�us que possuem prerrogativas de foro (foro privilegiado), no in�cio do processo, quando Odebrecht ainda n�o era investigado.

"O tema da depoimento registra aquilo que � de interesse para a investiga��o, no sentido do que pode gerar de prova no processo de investiga��o penal. N�o registramos as informa��es sobre as centenas de pessoas que n�o praticaram crime. O depoimento foi colhido quando Marcelo n�o era investigado. N�o t�nhamos nenhuma prova contra ele", disse.

O empres�rio s� foi considerado suspeito em um momento posterior da investiga��o, com o aparecimento de novas provas, informou o procurador. Al�m disso, afirmou, os v�deos ficaram dispon�veis para consulta ap�s o recebimento da den�ncia e, num momento posterior da investiga��o.

A defesa tamb�m teve, afirmou ele, a oportunidade de questionar Paulo Roberto Costa durante seu depoimento � Justi�a e n�o o fez. "Os v�deos podiam ser consultados e, no final, a defesa de forma surpreendente diz que n�o consultou", disse.

"As provas que valem contra algu�m s�o as provas na Justi�a, n�o s�o aquelas colhidas l� tr�s pela pol�cia ou pela Procuradoria, mas as provas da Justi�a. Paulo Roberto foi ouvido na Justi�a e todos os advogados, inclusive os de Marcelo Odebrecht, tiveram oportunidade de fazer perguntas a ele e n�o fizeram", refor�ou.

Lula

Deltan Dallagnol tamb�m rebateu a declara��o do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, feita na quarta-feira. Em entrevista a blogueiros simp�ticos ao PT, Lula afirmou haver direcionamento nas dela��es para que houvesse cita��o em seu nome. "Dela��o premiada tem que ter o nome de Lula, sen�o n�o adianta", afirmou o ex-presidente na ocasi�o.

"N�o direcionamos dela��o", disse o procurador. Segundo ele, no pr�prio acordo de dela��o consta o termo de que se o delator mentir pode perder todos os direitos e ainda ser processado.

"Al�m disso, ningu�m � acusado apenas pela palavra do delator, e sim por provas independentes da colabora��o que apontam as responsabilidades daquela pessoa sobre os crimes", explicou.

De acordo com Dallagnol, uma pessoa s� se torna investigada quando h� provas concretas sobre ela. Questionado sobre como o ex-presidente � considerado pelos investigadores da Lava Jato, o procurador disse que "as investiga��es s�o din�micas, mas at� agora Lula n�o se tornou alvo de nossa opera��o."


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