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Estado de Minas

Dilma adota tom conciliador na Celac


postado em 27/01/2016 07:49 / atualizado em 27/01/2016 08:05

Presidente Dilma Rousseff durante encontro com o presidente do Equador, Rafael Correa(foto: Roberto Stuckert Filho/PR)
Presidente Dilma Rousseff durante encontro com o presidente do Equador, Rafael Correa (foto: Roberto Stuckert Filho/PR)

Quito - A presidente Dilma Rousseff disse nessa ter�a-feira, 26, que o Brasil n�o conseguir� retomar o crescimento se os demais pa�ses da Am�rica Latina n�o se recuperarem. Em reuni�o de trabalho com o presidente do Equador, Rafael Correa, Dilma afirmou ser preciso "harmonizar as diferen�as" para que os pa�ses da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) saiam da crise em conjunto.

"N�o haver� uma Am�rica Latina forte, e n�s temos muito consci�ncia de que o Brasil n�o retoma sua capacidade de crescer (…), n�o consegue restabelecer suas condi��es sustent�veis de crescimento nesse novo contexto internacional sem o crescimento dos demais pa�ses da Am�rica Latina, sem que os pa�ses da Am�rica Latina tenham tamb�m condi��o de se recuperar", disse a presidente a Correa, ao pregar a unidade do bloco.

Dilma assinalou que a integra��o econ�mica � "crucial e estrat�gica" para os 33 pa�ses que comp�em a Celac. "Enfrentamos uma situa��o bastante adversa no cen�rio internacional, com queda do pre�o do petr�leo e das demais commodities. E assistimos uma desacelera��o da segunda maior economia", argumentou ela, numa refer�ncia � China.

Dilma mencionou que a forte valoriza��o do d�lar afeta as economias da regi�o. "N�s tivemos uma desvaloriza��o significativa na metade do primeiro governo: o d�lar correspondia a um e meio real. Hoje est� um d�lar para quatro reais", afirmou. "N�s iremos enfrentar essa conjuntura. Mas � claro que isso s� pode ser feito se todos os pa�ses tiverem condi��o tamb�m de se adaptar."

Sem mencionar a crise que atinge a Venezuela, Dilma citou um tema que far� parte da declara��o pol�tica da Celac: a democracia. "Somos pa�ses que respeitamos a democracia, respeitamos os direitos humanos e sabemos que isso � um valor fundamental", insistiu. Na conversa com Correa, Dilma tamb�m elogiou a Agenda 2020 proposta pelo colega equatoriano, com metas para a redu��o da pobreza e da desigualdade, educa��o e mudan�as clim�ticas.

No entanto, pouco antes, o ministro das Rela��es Exteriores, Mauro Vieira, disse que essa agenda n�o era consenso na Celac. "J� existe uma agenda 2030 das Na��es Unidas. Ent�o, n�o faz sentido criar uma nova, com padr�es pr�prios e mecanismos espec�ficos para a regi�o", argumentou. "Vamos aproveitar o que j� existe e trazer para o nosso conv�vio."

Crise

Vieira tamb�m tentou ontem reduzir a tens�o entre Venezuela e Argentina e disse ter certeza de que o tema n�o roubar� a cena na 4.ª C�pula da Celac, que ser� aberta oficialmente hoje em Quito.

"Tenho certeza de que o objetivo maior da Celac, que � a integra��o, vai se sobrepor a qualquer diferen�a", afirmou. "A Celac existe para criar consensos e concerta��o entre os pa�ses. Os temas s�o todos debatidos com muita clareza, transpar�ncia e espontaneidade."

Mesmo sem mencionar claramente a quest�o da Venezuela, no entanto, a Declara��o Pol�tica da Celac ter� um par�grafo em que os integrantes do bloco refor�am a defesa das regras democr�ticas.

"Os governos de direita que existem na Am�rica Latina est�o se levantando contra a revolu��o bolivariana", disse o presidente da Venezuela, Nicol�s Maduro, anunciando a disposi��o de discutir com a Argentina na Celac. Em dezembro, o presidente argentino, Mauricio Macri cobrou da chanceler da Venezuela, Delcy Rodr�guez, que libertasse os opositores considerados presos pol�ticos.


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