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Estado de Minas

Governo federal cria frente para apurar fraude na merenda


postado em 28/01/2016 09:49

Bras�lia, 28 - Pouco mais de uma semana ap�s a deflagra��o da Opera��o Alba Branca, que investiga suspeitas de fraudes na venda de produtos para merenda escolar em prefeituras de S�o Paulo, a Controladoria-Geral da Uni�o (CGU) e os minist�rios da Justi�a e da Educa��o (MEC) anunciaram na quarta-feira, 27, o lan�amento de "for�a-tarefa" para intensificar a fiscaliza��o de desvios de recursos p�blicos na Educa��o, sobretudo, os destinados a merenda e transporte escolar.

Opera��o conjunta da Pol�cia Civil e do Minist�rio P�blico paulista, a Alba Branca atingiu dois importantes nomes tucanos do Estado: Duarte Nogueira, secret�rio estadual de Transportes do governo de Geraldo Alckmin (PSDB), e o presidente da Assembleia Legislativa, Fernando Capez. Eles foram citados por investigados como benefici�rios de propinas do esquema. Investigados tamb�m citaram como participante da organiza��o criminosa Luiz Roberto dos Santos, o "Moita, que foi chefe de gabinete de Edson Aparecido, secret�rio da Casa Civil de Alckmin. Santos foi exonerado um dia antes de a opera��o ser deflagrada, 19 de janeiro.

Os tucanos recha�am qualquer envolvimento com o caso. Na quarta-feira, a avalia��o do Pal�cio dos Bandeirantes era que a cria��o da for�a-tarefa do governo federal tinha a finalidade de dividir as manchetes com a Opera��o Triplo X.

O governo federal afirma que a inten��o � aumentar o n�mero de auditorias de gest�es municipais, para tentar detectar novas fraudes e, assim, realizar mais opera��es em parceria com a Pol�cia Federal, para prender tantos agentes p�blicos como privados envolvidos nos delitos.

O ministro-chefe interino da CGU, Carlos Higino Ribeiro de Alencar, disse que o �rg�o vai mobilizar mais servidores para intensificar as auditorias e, assim, tentar ampliar o n�mero de opera��es em parceria com a PF. Segundo ele, de 2003 a 2015, foram cerca de 200 opera��es, envolvendo desvio de mais de R$ 2 bilh�es.

Prioridade

O ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, afirmou que a Pol�cia Federal tratar� a "for�a-tarefa" como prioridade. Na avalia��o dele, � "inaceit�vel" que milh�es de reais sejam desviados de �reas como sa�de e educa��o. "Portanto, n�o pouparemos esfor�os para que, respeitando o direito de ampla defesa e comprovando que s�o culpas, vamos punir os respons�veis", disse.

De acordo com o ministro da Educa��o, Aloizio Mercadante, a opera��o Alba Branca poder� ser alvo da "for�a-tarefa". "Qualquer opera��o relacionada � merenda escolar tem recurso federal obrigatoriamente. Portanto, se tem recurso federal, o governo, a PF e a CGU tem obriga��o de fiscalizar, acompanhar, monitorar qualquer ind�cio de qualquer a��o de irregularidade", disse.

Apreens�o

A opera��o Alba Branca deixou apreensivo o Pal�cio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. Duarte Nogueira e Capez, dois quadros do PSDB pr�ximos a Alckmin, foram apontados pelo agricultor C�ssio Chebabi, presidente da Cooperativa Org�nica Agr�cola Familiar (Coaf), como supostos benefici�rios de propina de 10% em contratos da Secretaria de Educa��o.

Em car�ter reservados, tucanos avaliam a situa��o de Capez como mais delicada. Aliados do presidente da Assembleia, por sua vez, reclamam da "falta de solidariedade do governo" e lembram que o deputado foi leal ao Pal�cio. A avalia��o no entorno de Capez � que os "estrategistas" de Alckmin tentar�o rif�-lo para evitar a contamina��o do governo.

Uma mensagem publicada na noite de domingo pelo secret�rio de Seguran�a, Alexandre de Moraes, em seu perfil no Facebook, parabenizando a Pol�cia Civil pela Opera��o Alba Branca deixou mais carregado o clima entre o presidente da Assembleia paulista e representantes do governo. "Amigos, dizem que a corrup��o � um crime sem rosto, entretanto, o trabalho da Pol�cia Civil durante a opera��o 'Alba Branca' vem revelando alguns destes corruptos", escreveu Moraes. O post, que estava no ar at� a noite de anteontem, foi apagado da linha do tempo do secret�rio.

As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.


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