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Estado de Minas

Mantega diz que Lula 'jamais manifestou qualquer empenho' por MPs


postado em 28/01/2016 20:31 / atualizado em 28/01/2016 20:51

(foto: Antonio Augusto/Agencia Camara )
(foto: Antonio Augusto/Agencia Camara )

O ex-ministro Guido Mantega (Fazenda/Governos Lula e Dilma) afirmou nesta quinta-feira na Pol�cia Federal em S�o Paulo, que o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva "jamais manifestou qualquer empenho" no sentido de ver aprovadas medidas provis�rias de interesse da ind�stria e das montadoras de ve�culos.

"O ex-presidente Lula nunca fez qualquer pedido nesse sentido, n�o fez qualquer empenho nem junto a mim nem junto a qualquer servidor do Minist�rio da Fazenda durante minha gest�o", afirmou Mantega, em depoimento de duas horas ao delegado Marlon Cajado, que conduz o inqu�rito da Opera��o Zelotes - investiga��o sobre suposto lobby e compra das MPs 471/09 e 512/10 no governo federal para atender os interesses daquele setor.

"� um absurdo algu�m falar que compraram ou venderam essas MPs porque elas versam exclusivamente sobre prorroga��o temporal de um programa institu�do pelo governo Fernando Henrique Cardoso. Na �poca dele (como presidente), em medida acertada, houve a concess�o de incentivos fiscais para as ind�strias que quisessem se estabelecer em regi�es mais pobres, sem postos de trabalho, com baixo �ndice de Desenvolvimento Humano. Essas MPs simplesmente estenderam o prazo (dos incentivos)."

Na avalia��o de Mantega, o tucano "agiu bem" ao editar MPs que "geraram bem estar, postos de trabalho, tecnologia de desenvolvimento e atividades econ�micas sat�lites dessas ind�strias".

"Isso funcionou. Vieram para essas regi�es do Nordeste e Centro Oeste cerca de uma dezena de montadoras de autom�veis. Foram abertas dezenas de milhares de postos de trabalho."

O ex-ministro considera que ningu�m vai produzir carro em �rea carente "uma vez que o centro consumidor � o Sudeste, a n�o ser que haja incentivos (fiscais)". Mantega assinalou que o transporte de um carro desde a origem da fabrica��o at� o local de compra "consome qualquer lucro, ent�o � preciso haver incentivos".

O ex-ministro afirmou, ainda, que "n�o conhece, nunca viu, nem esteve na presen�a" do lobista Mauro Marcondes e da mulher dele, Cristina - ambos alvos da Zelotes. Mantega tamb�m declarou que n�o conhece Alexandre Paes Santos, o APS, apontado como lobista do esquema. O delegado insistiu sobre Mauro Marcondes, preso na Papuda, em Bras�lia. "Nunca soube se (Mauro Marcondes) falou com qualquer pessoa do Minist�rio da Fazenda no tempo em que estive l�. N�o tenho o menor conhecimento (da atua��o do lobista)."

Ele explicou ao delegado como � a tramita��o burocr�tica das medidas provis�rias. Reafirmou que "nunca foi abordado" por lobistas.

O delegado perguntou ao ex-ministro se ele se reunia com empres�rios. Mantega respondeu afirmativamente e citou CNI, Fiesp, Sindipe�as e outros segmentos da ind�stria, segundo ele, "para tratar de assuntos relativos � suas atividades". Anotou que essa � a fun��o do Ministro da Fazenda.

O delegado perguntou a Mantega sobre sua empresa, a Coroado Administra��o de Bens. Ele disse que criou a empresa em agosto de 2015 "depois de cumprir quarentena".

Segundo ele, a Coroado "presta servi�os e seu maior cliente � a Funda��o Get�lio Vargas que tem projetos de consultoria em parceria".

O advogado Jos� Roberto Batochio, constitu�do por Mantega, declarou que o ex-ministro foi ouvido em declara��es, como testemunha. "Est� demonstrada, definitivamente, a completa lisura do procedimento funcional e pessoal do ministro Guido Mantega, que comandou a economia do Pa�s com dignidade, com desassombro."


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