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Estado de Minas

Dirceu diz a Moro que comprou casa de Vinhedo com 'poupan�a'


postado em 01/02/2016 17:19 / atualizado em 01/02/2016 18:02

(foto: TV Brasil)
(foto: TV Brasil)

O ex-ministro da Casa Civil Jos� Dirceu disse ao juiz federal S�rgio Moro, da Lava-Jato, que construiu sua casa no munic�pio de Vinhedo, interior de S�o Paulo, com 'poupan�a' que alega ter feito do dinheiro que recebeu 'da anistia, do sal�rio de funcion�rio da Assembleia Legislativa de S�o Paulo, de deputado ou de presidente do PT'. "N�o tive outra renda, a n�o ser das sess�es extraordin�rias no Congresso e da rescis�o contratual que fiz com a presid�ncia do PT", afirmou durante o longo interrogat�rio a que foi submetido por Moro na sexta-feira.

"N�o vamos esquecer que o sr. Gustavo Franco (presidente do Banco Central no governo FHC) pagou 27,5% de juro real durante tr�s anos aos poupadores desse Pa�s, portanto meu patrim�nio dobrou nesses tr�s anos”, declarou Dirceu, preso desde 3 de agosto na Opera��o Pixuleco, desdobramento da Lava-Jato.

Na audi�ncia, a primeira pergunta do magistrado foi sobre o patrim�nio que Dirceu possui. O ex-ministro relatou os im�veis que comprou. "Eu tenho em Vinhedo (interior de S�o Paulo) uma resid�ncia na rua Maraca�, condom�nio Santa F�. Comprei o terreno no ano de 2000, constru� a casa durante quatro anos com recurso que eu recebi da anistia, das sess�es extraordin�rias do Congresso, da venda de parte da propriedade da minha esposa e do acordo salarial, rescis�o contratual que fiz com a presid�ncia do PT."

Atestado de idoneidade

Dirceu disse que recebeu um atestado de idoneidade do Fisco. "Essa resid�ncia sofreu uma devassa da Receita na A��o Penal 470 (Mensal�o) e todo o meu imposto de renda anterior de cinco anos recebeu atestado de honestidade at� 2006, doutor Moro."

Descreveu o financiamento de um im�vel na Avenida Rep�blica do L�bano, em S�o Paulo, pelo qual ainda lhe resta uma d�vida de R$ 1 milh�o.

O juiz pediu detalhes sobre cada item acrescido ao patrim�nio do acusado. "N�o tem problema, fique � vontade, vim aqui prestar esclarecimentos � Justi�a."

Diante de contradi��es acerca do valor de um outro im�vel, na Alameda Xingu, tamb�m em Vinhedo, o ex-ministro lamentou o fato de estar na cadeia e n�o poder verificar os dados pessoalmente - ele disse que comprou a casa por 'duzentos e tantos mil reais', mas a den�ncia da Procuradoria da Rep�blica afirma que o montante ultrapassou R$ 500 mil. "Eu tenho que tomar conhecimento disso. Como estou preso e totalmente sem condi��o, n�o posso ir atr�s dos investigados para me informar, para obter informa��o."

Nome e prest�gio

O ex-ministro da Casa Civil afirmou ao juiz federal S�rgio Moro que atuava para abrir mercados para empreiteiras em pa�ses como Cuba, M�xico e Peru e que seus trabalho como consultor foi legal e n�o visava o enriquecimento. "Eu emprestava meu nome, meu prest�gio, e orientava essas empresas. Eu n�o fazia um trabalho que consultor faz de cavar uma licita��o, cavar um contrato", explicou Dirceu.

"A realidade � que eu tenho uma hist�ria, doutor Moro", afirmou Dirceu, sobre sua atua��o em nome de empresas. O juiz federal da Lava Jato quis saber se o que ele fazia ap�s deixar o governo "era uma esp�cie de lobby". "Todas as minhas atividades s�o p�blicas, eu dei consultoria publicamente no Brasil e nesses pa�ses."

O ex-ministro disse que n�o prestou servi�os de consultoria para se enriquecer. "Eu fazia o que se faz para abrir mercados para o Brasil eu entendia que eu estava fazendo consultoria, ganhando para me defender, fazer meu blog, viajar pelo Pa�s. Eu n�o estava me enriquecendo, n�o tinha esse objetivo."

Moro pediu detalhes sobre relat�rios dos servi�os prestados e presta��es de contas para as empreiteiras contratadas, entre elas a Engevix, que tem dois executivos como r�us na a��o penal por suposto pagamento de propina ao ex-ministro via lobista Milton Pascowitch.

"N�o vou dizer para o senhor que eu fazia relat�rios, que eu dava um tipo de consultoria que eu n�o dava, porque eu vou faltar com a verdade, fazer um falso testemunho para o senhor", afirmou Dirceu.


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