S�o Paulo, 11 - Pressionado pelo Pal�cio dos Bandeirantes, o diret�rio do PSDB de S�o Paulo decidiu abrir um processo disciplinar para apurar a conduta de Luiz Roberto Santos, mais conhecido como "Moita", ex-chefe de gabinete do secret�rio da Casa Civil, Edson Aparecido.
A Opera��o Alba Branca, que investiga um esquema de corrup��o e superfaturamento na venda de produtos agr�colas para merenda de escolas municipais e estaduais de S�o Paulo, indica que Santos teria agido diretamente para atender aos interesses da Cooperativa Org�nica Agr�cola Familiar (Coaf), apontada como carro-chefe da fraude.
O ex-assessor admitiu � Corregedoria-Geral da Administra��o (CGA) ter orientado o empres�rio Marcel Ferreira J�lio, apontado como lobista do esquema, a pedir reequil�brio financeiro do contrato posto sob suspeita na Opera��o Alba Branca firmado entre a Coaf e a Secretaria da Educa��o.
No depoimento, ele ainda confessou ter tratado do assunto com o ex-chefe de gabinete da Educa��o Fernando Padula, demitido em janeiro. Santos prestou esclarecimentos ao �rg�o que regula a conduta dos funcion�rios estaduais no dia 2 de fevereiro.
Ap�s o caso ter sido revelado, Santos foi exonerado do cargo no Pal�cio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, e "devolvido" para a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), onde � funcion�rio de carreira.
A decis�o do diret�rio paulista do PSDB de abrir um processo disciplinar, no entanto, n�o conta com o apoio do diret�rio paulistano do PSDB. O presidente do partido na capital, M�rio Covas Neto, diz que n�o h� motivo para o procedimento interno. "Acusa��o n�o � condena��o", afirma. Militante hist�rico do PSDB, Santos ocupou v�rios cargos de confian�a em gabinetes tucanos.
O ex-presidente da Coaf C�ssio Chebabi apontou aos investigadores da Opera��o Alba Branca os nomes do presidente da Assembleia Legislativa de S�o Paulo, Fernando Capez (PSDB), e do secret�rio Duarte Nogueira como supostos benefici�rios de uma propina de 10% sobre contratos da Secretaria de Estado da Educa��o no governo Geraldo Alckmin (PSDB).
Um contrato, disse Chebabi, no valor de R$ 13 milh�es, teria sido assinado em 2015 para fornecimento de suco de laranja. Luiz Roberto Santos n�o foi localizado pela reportagem para comentar a decis�o do PSDB.