S�o Paulo, 12 - O governador de S�o Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse nesta sexta-feira, 12, que acredita na inoc�ncia do presidente da Assembleia Legislativa de S�o Paulo (Alesp) Fernando Capez (PSDB), um dos alvos das investiga��es da Opera��o Alba Branca, que revelou um esquema de superfaturamento e pagamento de propinas em contratos para fornecimento de merendas escolares no Estado.
"Acredito (na inoc�ncia). � um promotor p�blico. Tem uma hist�ria de 30 anos no Minist�rio P�blico", afirmou Alckmin. O governador pediu apura��o "o mais r�pido poss�vel" para revelar os culpados e os inocentes. "� importante � fazer uma apura��o s�ria, o mais r�pido poss�vel, para quem for culpado ser condenado e punido. E quem n�o for culpado ser inocentado. Acho que � isso que a sociedade quer. Sempre haver justi�a. Se h� uma den�ncia, investiga-se com profundidade", disse o governador.
Capez participou na manh� de hoje da entrega da estrada Engenheiro Marsilac, na zona sul da capital paulista, onde tamb�m estavam o prefeito Fernando Haddad (PT) e o governador Geraldo Alckmin (PSDB).
Al�m de Haddad e Alckmin, Capez tamb�m discursou. "Mesmo numa �poca em que est� dif�cil fazer pol�tica, em que n�o basta voc� ser uma pessoa s�ria, trabalhar s�rio, ser idealista e procurar dar exemplos, edificar o nome e uma reputa��o. Porque mesmo assim vivemos em um per�odo em que a honra e a reputa��o das pessoas � tratada com leviandade, n�s que somos bem intencionados n�o devemos desanimar", disse.
Aos jornalistas, o parlamentar tucano voltou a afirmar que � "v�tima". "Tudo que posso dizer � que n�s estamos colaborando para a verdade aparecer o mais r�pido poss�vel. Eu sou v�tima. Estou sendo tratado como suspeito e n�o conhe�o nenhuma dessas pessoas. N�o fiz nada do que est� sendo dito e a verdade vai aparecer," disse Capez.
Merenda escolar
A Opera��o Alba Branca foi deflagrada em janeiro, com mandados de busca e apreens�o em 16 prefeituras paulistas. Investigados apontaram Capez, e Luiz Roberto dos Santos, o �Moita�, que era bra�o direito do secret�rio-chefe da Casa Civil, Edson Aparecido, como benefici�rios de propina.
Santos foi flagrado por grampos da Pol�cia Civil operando com a quadrilha da merenda de sua sala no Pal�cio dos Bandeirantes. Ele orientava um lobista a renegociar valores de contratos da cooperativa Coaf, com sede na cidade de Bebedouro, no interior.
Segundo as investiga��es, a Coaf participava das chamadas p�blicas junto com outras cooperativas montadas pelos pr�prios integrantes do grupo e combinavam os pre�os dos produtos, sempre superfaturados.
Alba Branca tamb�m investiga o ex-chefe de gabinete da Secretaria da Educa��o de Alckmin Fernando Padula, quadro do PSDB.