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Estado de Minas

Amigo de Silvinho do PT diz � PF que Vaccari lhe pediu 'doa��es'


postado em 16/02/2016 17:07

S�o Paulo, 16 - O empres�rio C�sar Roberto Santos Oliveira, da GDK Engenharia, afirmou � Pol�cia Federal que o ex-tesoureiro do PT Jo�o Vaccari Neto lhe pediu "doa��es oficiais" para o partido. Em depoimento no �ltimo dia 2, C�sar Oliveira disse que foi apresentado a Vaccari "por volta de 2010", durante almo�o em S�o Paulo.

Segundo ele, o tesoureiro pegou o n�mero de seu celular e, por duas vezes, o procurou, convidando-o para reuni�es em um hotel no Rio, "provavelmente o Windsor/Copacabana Palace".

"O declarante aceitou os convites. Nas duas ocasi�es, Vaccari estava sozinho e solicitou doa��es oficiais para o Partido dos Trabalhadores. Vaccari n�o mencionou contratos da GDK com a Petrobras como fundamento para o pedido de doa��o", diz o texto do depoimento.

A GDK tinha quatro contratos com a estatal petrol�fera que entre 2004 e 2014 foi loteada por empreiteiras e fornecedores em um esquema de propinas e cartel. C�sar Oliveira afirmou que "nunca pagou nenhuma doa��o ao PT, nem oficial ou n�o oficial".

Vaccari foi preso na Opera��o Lava Jato. Em uma a��o penal conduzida pelo juiz federal S�rgio Moro, o ex-tesoureiro j� foi condenado - pegou 15 anos e 4 meses de pris�o por corrup��o passiva, lavagem de dinheiro e associa��o criminosa pela suposta intermedia��o e recebimento pelo PT de pelo menos R$ 4,26 milh�es de propinas acertadas com a Diretoria de Servi�os e Engenharia da Petrobras no �mbito do contrato do Cons�rcio Interpar - respons�vel por obras na Refinaria de Arauc�ria (PR).

O empres�rio C�sar Oliveira � conhecido como o amigo de Silvio Pereira, o Silvinho do PT, ex-secret�rio-geral do partido. Em 2003, o dono da GDK presenteou Silvinho com uma Land Rover.

Silvinho foi r�u do mensal�o. Como recebeu pena menor na A��o Penal 470, prestou servi�os comunit�rios como zelador de pra�as e bocas de lobo na regi�o do Butant�, zona oeste de S�o Paulo.

C�sar Oliveira dep�s no inqu�rito que investiga contratos da GDK Engenharia com a Petrobras. Ele admitiu ter repassado US$ 200 mil para o ex-gerente de Engenharia da Diretoria de Servi�os Pedro Barusco - delator da Opera��o Lava Jato que devolveu espontaneamente US$ 100 milh�es ao Tesouro, valor que recebeu em propinas, segundo ele pr�prio confessou.

O empres�rio disse � PF que "contribuiu" com Barusco porque "tinha receio das consequ�ncias que adviriam do n�o pagamento". "Acreditava que se tratava de uma 'doa��o' ao partido", declarou.

Segundo ele, Barusco lhe dizia que o destinat�rio do valor "era o partido". "A exig�ncia de Pedro Barusco estaria vinculada a uma cobran�a do partido e n�o a um contrato espec�fico. N�o pagar Barusco poderia piorar a sua situa��o na Petrobras, ou criar empecilhos", disse.

A delegada Renata da Silva Rodrigues perguntou ao empres�rio da GDK os motivos que o levaram a n�o denunciar a exig�ncia de Barusco. Ele disse que n�o procurou as autoridades "porque tinha medo de repres�lia da Petrobras". "Tinha receio at� mesmo de acionar a Petrobras judicialmente�, afirmou.

De acordo com C�sar Oliveira, "a press�o por mais pagamentos continuou". Ele afirmou, entretanto, que n�o fez mais repasses.


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