
O presidente da C�mara, Eduardo Cunha (RJ), minimizou na noite desta quarta-feira a derrota de Hugo Motta (PR), candidato apoiado por ele na disputa pela lideran�a do PMBD na Casa. Para Cunha, o resultado da vota��o n�o representa derrota nem vit�ria para ele ou para o governo.
"Eu n�o perdi, pois n�o estava disputando. Quando eu concorri nunca perdi. Apenas apoiei o candidato com menos votos", declarou Cunha, admitindo que errou o progn�stico da vota��o. Motta perdeu a disputa para Leonardo Picciani (RJ), seu �nico advers�rio, por 37 votos a 30. Houve dois votos em branco.
"Elei��o de Picciani n�o � vit�ria nem derrota de ningu�m. Eu diria que Hugo Motta � at� mais defensor do governo, inclusive votou na presidente Dilma Rousseff", disse o presidente da Casa.
Cunha avaliou que a vit�ria de Picciani n�o interfere na continuidade do processo de impeachment contra a presidente, instaurado por ele. A derrota de seu candidato tamb�m n�o demonstra um enfraquecimento de sua influ�ncia no partido, diz Cunha. "N�o estou nem nunca estive isolado na bancada do PMDB."
Em entrevista coletiva ap�s a elei��o, Cunha reconheceu a vit�ria de Picciani. "Na �ltima vota��o, em 2015, foi uma vit�ria artificial porque houve apenas um voto de diferen�a. Desta vez a diferen�a foi consider�vel. Ele venceu".
Questionado se acha que houve irregularidades na campanha por parte de Picciani, o presidente da C�mara afirmou que, se aconteceu, "certamente ser� uma quest�o de tempo para isso se tornar p�blico". "Eu n�o quero falar, n�o cabe a mim falar, porque n�o sou candidato. A� voc�s t�m que ir para o Hugo. Se isso aconteceu, certamente vai se tornar p�blico".