Bras�lia, 18 - A C�mara deve criar nos pr�ximos dias um grupo de trabalho para analisar o posicionamento do ministro Lu�s Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre o rito do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Tr�s frentes parlamentares oficializaram nesta quinta-feira, 18, o pedido de cria��o do grupo ao presidente da Casa, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Em dezembro, Barroso suspendeu o rito definido por Cunha, assim como a vota��o secreta para a comiss�o especial que decidiria sobre o tema. Agora, as frentes parlamentares da Agropecu�ria, da Seguran�a e a Evang�lica querem debater a decis�o e levantar subs�dios para que a procuradoria da C�mara tente derrubar o voto do ministro.
Segundo o deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), que assina o pedido para a cria��o do grupo, h� evid�ncias de que Barroso n�o seguiu o rito usado para o impeachment do presidente Fernando Collor de Mello, em 1992, como disse estar fazendo.
"O grupo vai avaliar como foi tomada a decis�o para ver se o ministro conduziu de forma tendenciosa o voto", disse o parlamentar. "No julgamento do Collor, o STF n�o examinou a constitui��o da comiss�o, s� o produto dela, e n�o como a comiss�o foi constitu�da", argumentou.
Serraglio cita ainda que as notas taquigr�ficas da C�mara mostram que, quando a comiss�o especial foi formada para o impeachment de Collor, o presidente da C�mara na �poca, Ibsen Pinheiro, havia afirmado que candidatura avulsa seria permitida. "Se naquela �poca era permitido, s� bastava agora o presidente da C�mara aprovar", defendeu. "Estamos apenas defendendo as prerrogativas da C�mara. Em at� duas semanas tudo deve estar terminado e os resultados ser�o encaminhados para a procuradoria", finalizou.