Bras�lia, 19 - L�deres partid�rios ouvidos pelo
Broadcast Pol�tico
avaliaram que o an�ncio de contingenciamento de R$ 23,4 bilh�es do or�amento de 2016 enfraquecer� ainda mais a rela��o do governo com o Congresso. Num ano onde o Pal�cio do Planalto tem uma vasta pauta de medidas econ�micas para aprovar, o corte de emendas parlamentares cria um ambiente hostil e coloca em risco a aprova��o da CPMF.
"� mais insatisfa��o no Congresso", resumiu o l�der do DEM na C�mara, Pauderney Avelino (AM). O deputado aposta que o corte anunciado ser� insuficiente em virtude da expectativa de retra��o maior da economia brasileira do que o previsto no or�amento.
Ele lamentou o contingenciamento em �reas como o Plano de Acelera��o do Crescimento (PAC), Sa�de e Educa��o e defendeu que os cortes sejam em custeio. Mesmo o governo contando com a aprova��o da CPMF, o contingenciamento em R$ 8,1 bilh�es das emendas parlamentares trar� mais resist�ncia � CPMF, acredita o l�der do DEM. "N�o ser� aprovada", prev�.
L�der de um partido da base aliada, o deputado Maur�cio Quintella Lessa (PR-AL), concorda que os cortes nas emendas neste momento criam um ambiente negativo para as propostas do Executivo no Parlamento. "Enfraquece o governo no Congresso. A CPMF, por exemplo, j� n�o possui apoio, a� voc� mexe em algo que afeta diretamente no cotidiano dos parlamentares, � claro que enfraquece. Hoje o governo n�o tem voto para aprovar CPMF", concluiu.
Quintella ponderou que todos os anos o governo anuncia contingenciamentos que n�o necessariamente ser�o usados. "Se o governo tiver uma agenda positiva no Congresso, nem vai precisar usar essas medidas", afirmou. "Ningu�m quer cortar, mas no ano passado o governo aprovou um or�amento que j� continha limita��es, ent�o tem que se preparar para cumprir a meta. Tem o aspecto negativo, de quebrar a expectativa das pessoas, por outro lado tem o lado positivo, que � trabalhar com mais transpar�ncia", destacou.
Sobre o programa Bolsa Fam�lia n�o ser afetado pelo contingenciamento, Quintella disse que os programas sociais precisam ser revistos no Brasil. "Um pa�s s� pode dar benef�cios na escala que o nosso Pa�s d� se tiver folga de caixa. Em momento de recess�o, n�o h� or�amento para isso. Isso precisa ser revisto e apurado a fundo. � melhor cortar recursos dos benef�cios do que de �reas b�sicas como sa�de e educa��o", pregou.
Quintella considera que o an�ncio n�o impacta o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff em tr�mite na C�mara porque "o processo deve ser encerrado no primeiro semestre e as medidas de contingenciamento s� seriam aplicadas depois da metade do ano."
Um dos principais defensores do afastamento da presidente Dilma, o presidente do Solidariedade, deputado Paulo Pereira da Silva (SP), insistiu que o cen�rio econ�mico n�o vai melhorar com o contingenciamento. "Mal come�ou 2016 e Dilma j� surpreende por sua capacidade de produzir os piores n�meros que a economia do Pa�s j� viu. Tamanho arrocho de R$ 23,4 bilh�es pouco poder� ajudar no PIB, que vai apresentar uma retra��o de 2,9%. Este � o cen�rio de recess�o que teima em n�o melhorar com a manuten��o do PT no poder", comentou o parlamentar por meio de nota.
Paulinho da For�a, como � conhecido, disse que a maior v�tima da situa��o imposta pelo governo � o trabalhador. "Qualquer medida que Dilma venha a tomar vai ter efeito nulo, sem impacto na economia a curto e m�dio prazo, e sem rea��o na ind�stria. Para que a economia volte a crescer, temos que nos livrar da Dilma", refor�ou.