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Estado de Minas

Planilha mostra repasses a marqueteiro de Lula e Dilma e 'acaraj�s'

A Lava-Jato tem elementos para acreditar que uma offshore era usada pelo marqueteiro do PT Jo�o Santana e sua mulher e s�cia, M�nica Moura, de forma n�o declarada, para recebimentos no exterior


postado em 22/02/2016 13:49 / atualizado em 22/02/2016 13:55

S�o Paulo - A quebra do sigilo de um e-mail secreto do executivo Fernando Miggli�cio, da empreiteira Odebrecht, levou a Opera��o Lava-Jato � descoberta de uma planilha com dados relativos a repasses de valores para o PT e financiamento de campanhas eleitorais. Miggli�cio est� fora do pa�s desde que o ex-presidente da empreiteira, Marcelo Odebrecht, foi preso, em julho de 2015, na Opera��o Erga Omnes.

Segundo os investigadores, a empresa 'blinda' Miggli�cio, inclusive custeando suas despesas no exterior para mant�-lo � dist�ncia das autoridades. A Procuradoria da Rep�blica chegou a pedir novo decreto de pris�o de Odebrecht, mas o juiz federal S�rgio Moro n�o acolheu a solicita��o.

A planilha com dados de campanhas eleitorais que est� de posse da Lava-Jato foi criada por Maria L�cia Guimar�es Tavares, segundo os investigadores. Ela foi presa nesta segunda-feira, 22, na Opera��o Acaraj�, a 23.ª etapa da Lava-Jato. "Era a pessoa respons�vel pelo controle das entregas dos 'acaraj�s', como os investigados chamavam os valores repassados", informou a Pol�cia Federal.

A PF afirma que o alvo da Acaraj� n�o s�o crimes eleitorais, mas sim corrup��o, lavagem de dinheiro e organiza��o criminosa relativos a desvios na Petrobras. As informa��es da planilha trazem detalhes de despesas eleitorais de 2008 a 2012.

A Opera��o Acaraj� destaca que Maria L�cia � funcion�ria de executivos da Odebrecht - Fernando Miggli�cio, Hilberto Mascarenhas e Luiz Eduardo Rocha Soares, controladores de contas no exterior, do grupo.

O delegado da PF Filipe Hille Pace destacou que Jo�o Santana recebeu pelas campanhas eleitorais de 2008 e 2012 (municipais) e de 2010 e 2014 (presidenciais) mais de R$ 150 milh�es. Segundo o delegado esses pagamentos s�o legais, foram declarados � Justi�a eleitoral.

"Ele (Jo�o Santana) recebeu no Brasil valores de campanhas de 2010, presidencial, e 2014, campanha presidencial, e 2012, atual prefeito de S�o Paulo (Fernando Haddad) e a campanha municipal de 2008. Valores declarados que recebeu legalmente no Brasil. A gente espera que as buscas de hoje revelem o porque dos pagamentos no exterior. Chamou a aten��o que ele (Santana) recebia tantos recursos no Brasil legalmente e precisaria esconder valores significativamente menores fora do Brasil. Quase R$ 50 milh�es no Brasil. Por que 10% desse montante no exterior?"

O delegado disse que a Opera��o Acaraj� quer saber o motivo de o marqueteiro ter recebido esse dinheiro fora do Brasil. Pelo menos US$ 3 milh�es j� foram identificados em contas nos Estados Unidos e na Inglaterra, em nome da offshore Shellbill Finance SA.

A Lava-Jato tem elementos para acreditar que essa offshore era usada por Santana e sua mulher e s�cia, M�nica Moura, de forma n�o declarada, para recebimentos no exterior. Outros US$ 4,5 milh�es foram repassados para essas contas entre 2013 e 2014, pelo operador de propinas Zwi Skornicki, preso nesta segunda-feira. Ele � ligado ao estaleiro Keppel Fels, contratado da Petrobr�s.

Procurada, a Odebrecht confirmou opera��o da Pol�cia Federal em escrit�rios de S�o Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, para o cumprimento de mandados de busca e apreens�o e disse estar � disposi��o das autoridades para colaborar com a opera��o em andamento.


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