Bras�lia, 23 - Em manifesta��o protocolada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta ter�a-feira, 23, o PSDB pede que seja acrescentada no processo em que a legenda pede a cassa��o do mandato da presidente Dilma Rousseff e do vice Michel Temer o compartilhamento das provas da 23� fase da Opera��o da Lava Jato, batizada de Acaraj�.
Nas investiga��es, a for�a-tarefa da Opera��o Lava Jato cruzou documentos enviados dos Estados Unidos com provas reunidas em fases anteriores e n�meros da Receita Federal para comprovar que o marqueteiro Jo�o Santana - respons�vel pelas campanhas do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, em 2006, e da presidente Dilma Roussef, 2010 e 2014 - e sua mulher e s�cia, M�nica Moura, s�o controladores da offshore Shellbill Finance S.A., aberta no Panam�.
Contas dessa empresa receberam pelo menos US$ 7,5 milh�es, entre 2012 e 2014, da Odebrecht e do operador de propinas Zwi Skornicki, sustenta representa��o da Opera��o Acaraj�, deflagrada nesta segunda-feira, 22.
"N�s j� temos um conjunto de provas extremamente fortes. A gravidade do fato de o marqueteiro Jo�o Santana ser preso est� no fato de que traz a campanha da Dilma para dentro da Lava Jato", disse o deputado federal Carlos Sampaio (SP), vice-presidente nacional do PSDB e coordenador jur�dico do partido.
No documento encaminhado ao TSE, o PSDB tamb�m pede que feito o depoimento do empres�rio Zwi Skornicki. "De grande import�ncia igualmente se faz, al�m de outras provas da investiga��o que se relacionem com a campanha eleitoral, a oitiva, como testemunha, de Zwi Skornicki, apontado como o respons�vel pelas remessas de valores irregulares para abastecer as contas mantidas em favor do marqueteiro Jo�o Santana no exterior", diz trecho da manifesta��o do PSDB.
Com 42 anos de atua��o na �rea de petr�leo e g�s, Skornicki foi diretor superintendente da Odebrecht Perfura��o Limitada e s�cio de Alfeu Valen�a, ex-presidente da Petrobras, durante sete anos, na consultoria Conpet. Desde 1988, possui a Eagle do Brasil, em sociedade com a mulher, Eloisa, e o filho Bruno. A empresa funciona em um pr�dio comercial na Rua da Quitanda, no centro do Rio.
O endere�o � o mesmo da Keppel Fels, estaleiro que Skornicki representa no Brasil. De acordo com a for�a-tarefa da Lava Jato com base em relat�rio da Receita Federal, o patrim�nio de Skornicki aumentou 35 vezes entre 2003 e 2013. De R$ 1,8 milh�o, passou para R$ 63,2 milh�es nesse intervalo.