
Ap�s afirmar que n�o ir� � festa de 36 anos do PT na noite deste s�bado a presidente Dilma Rousseff salientou que n�o governa s� para o partido, mas para toda a popula��o. Dilma falou a jornalistas em seu �ltimo dia de visita oficial ao Chile, antes de um almo�o com a presidente chilena Michelle Bachelet.
"Eu n�o governo s� para o PT. Eu governo para os 204 milh�es de brasileiros", afirmou. Ao perceber o impacto da frase entre os que a ouviam, ela fez uma pausa e complementou: "Eu n�o governo s� para o PT, s� para o PSD, s� para o PDT, ou s� para o PTB, ou s� para o PMDB". Ela disse n�o acreditar que as rela��es entre o governo e o PT devam se caracterizar por um posicionamento de ades�o sem avalia��o cr�tica. "Um partido � um partido, um governo � um governo."
A presidente acrescentou que gostaria de ir � celebra��o de anivers�rio do partido no Rio, mas a dist�ncia entre os dois pa�ses � muito longa e s�o quatro horas de viagem at� Bras�lia. "O PT foi avisado que eu n�o compareceria", afirmou. A visita de Dilma a Bachelet foi organizada �s pressas e teve uma agenda mais el�stica que a usual. Na sexta-feira (26), o PT fez duras cr�ticas a seu plano de ajuste fiscal.
Dilma disse esperar que todos os partidos "de sua base" ajudem a promover esse ajuste e a levar adiante a reforma da Previd�ncia. "Eu espero que o PT, o PMDB, o PSD, o PP, o PRB, o PC do B, enfim, toda a minha base, espero que todos contribuam."
"Todos teremos que trabalhar um pouco a mais. Acho que � isso que assusta", disse, sobre o plano de mudar o regime de previd�ncia.
Previd�ncia
A presidente Dilma Rousseff defendeu neste s�bado, 27, em Santiago, uma reforma previdenci�ria com per�odo de transi��o longo, que permita � popula��o se acostumar � amplia��o do tempo de trabalho antes da aposentadoria. "� fundamental que trabalhemos um pouco mais. Mas n�o agora, n�o amanh�, n�o depois de amanh�. Eu acho que � o que pessoas temem", afirmou Dilma, antes de almo�ar com a presidente chilena Michelle Bachelet.
Ela insistiu na necessidade de reformas fiscal e previdenci�ria, depois de ser perguntada sobre a forma de o pa�s recuperar o grau de investimento, retirado por tr�s ag�ncias risco - a �ltima delas foi a Moody´s, no dia 11. A presidente citou primeiro a necessidade de uma estabiliza��o fiscal. "Isso n�o � um fim em si. Voc� faz isso porque � essencial para que se crie um ambiente favor�vel ao investimento. Um ambiente extremamente favor�vel, que esteja com infla��o controlada e que permita que haja um horizonte de expectativas positivas."
A presidente convocou o pa�s a se unir, criticou os pessimistas que "veem o copo meio vazio" e citou a Contribui��o Sobre Movimenta��o Financeira (CPMF) e a reforma previdenci�ria como medidas que empres�rios e sociedade devem aceitar.
Dilma afirmou que a mudan�a nas aposentadorias � necess�ria para que crian�as e jovens n�o entrem precocemente no mercado de trabalho. "Precisamos reconhecer uma realidade, muito boa, de que a expectativa de vida aumentou. Aqueles que trabalham v�o ter de sustentar progressivamente uma parte maior da popula��o: os que se aposentam, as crian�as e os jovens. N�o queremos que esses jovens trabalhem. Ser�o eles que v�o garantir o aumento da nossa produtividade."