S�o Paulo e Curitiba, 02 - O ex-tesoureiro do PT Jo�o Vaccari Neto recusou-se nesta quarta-feira, 2, a responder perguntas do promotor de Justi�a C�ssio Conserino, que investiga o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva e o tr�plex 164/A do Condom�nio Solaris, no Guaruj�. "Vou exercer o direito ao sil�ncio", repetiu v�rias vezes Vaccari.
Preso na Opera��o Lava Jato desde abril de 2015, o ex-tesoureiro j� foi condenado em uma a��o penal por corrup��o e lavagem de dinheiro. Em uma cela do Complexo M�dico Penal de Pinhais, nos arredores de Curitiba - base da investiga��o -, ele aguarda senten�a em outro processo criminal em que � r�u por suposto repasse de propinas para o seu pr�prio partido disfar�ada de doa��o oficial no montante de R$ 2,4 milh�es.
Vaccari presidiu a Cooperativa Habitacional dos Banc�rios do Estado de S�o Paulo (Bancoop) entre 2005 e 2010. A Bancoop foi a respons�vel pelo Solaris at� que entrou em decl�nio e transferiu a obra na beira mar para a OAS, empreiteira cujo dono, L�o Pinheiro - tamb�m alvo da Lava Jato - � muito pr�ximo de Lula.
A suspeita de Conserino � que o ex-presidente seria o verdadeiro propriet�rio do tr�plex, o que � negado enfaticamente pelos advogados do petista. O promotor investiga se a OAS bancou reforma milion�ria no im�vel, promovendo adapta��es e at� instala��o de cozinha de alto padr�o para presentear a fam�lia de Lula.
O promotor pretendia obter novas informa��es no interrogat�rio de Vaccari, mas o ex-tesoureiro permaneceu em sil�ncio durante a audi�ncia, realizada em Curitiba. "Vou exercer o direito ao sil�ncio", limitou-se a dizer Vaccari o tempo todo.
O promotor pretende, agora, ouvir Lula, a ex-primeira dama Marisa Let�cia, e o filho mais velho do casal, F�bio Luiz. Mas a fam�lia Lula j� avisou, por seus advogados, que n�o vai � audi�ncia marcada para esta quinta-feira, 3. O escrit�rio de Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira, defensores do petista, enviou explica��es por escrito � Promotoria e ingressou com pedido de habeas corpus preventivo no Tribunal de Justi�a de S�o Paulo para evitar o risco de uma condu��o coercitiva.