Presidente da OAB defende afastamento imediato de Cunha

S�o Paulo, 02 - O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, defendeu nesta quarta-feira, 2, o imediato afastamento do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presid�ncia da C�mara, ap�s vota��o do Supremo Tribunal Federal (STF).

A maioria dos 11 ministros da corte votou pelo recebimento da den�ncia do Minist�rio P�blico Federal contra Eduardo Cunha por corrup��o e lavagem de dinheiro na Opera��o Lava Jato. "At� quando o deputado Eduardo Cunha continuar� na Presid�ncia da C�mara? A vota��o de hoje no STF, que indica que a maioria do tribunal vota a favor de acolher a den�ncia do Minist�rio P�blico contra o deputado Eduardo Cunha e torn�-lo integrante da lista de r�us em a��es decorrentes da Opera��o Lava Jato, refor�a a necessidade de o deputado se afastar imediatamente da Presid�ncia da C�mara. O afastamento � necess�rio para que o deputado n�o tenha meios de atrapalhar as investiga��es, no �mbito da Justi�a e tamb�m dentro do Legislativo, e para que a autoridade da C�mara n�o continue a ser prejudicada", afirmou Lamachia.

O julgamento continuar� nesta quinta-feira, 3. Se nenhum dos seis ministros que votaram a favor do recebimento da den�ncia mudar o voto, Cunha se tornar� r�u na Opera��o Lava Jato. O ministro Teori Zavascki apontou "ind�cios robustos" para o recebimento parcial da den�ncia da Procuradoria-Geral da Rep�blica.

Para Teori, o deputado usou o cargo para fazer press�o e receber propina do esquema que atuava na Petrobras. O entendimento foi apoiado pelos ministros C�rmen L�cia, Marco Aur�lio Mello, Edson Fachin, Luis Roberto Barroso e Rosa Weber. Cunha � acusado formalmente de receber propina de US$ 5 milh�es.

Os valores seriam referentes a contratos de aluguel de navios-sonda da Petrobras firmados pela Diretoria Internacional da estatal, considerada cota do PMDB no esquema de corrup��o.

Em seu voto, Teori afirmou que h� "elementos b�sicos" para o recebimento da den�ncia, porque h� ind�cios de que a ent�o deputada federal Solange Almeida (PMDB-RJ) - hoje prefeita de uma cidade fluminense - teria atuado na C�mara para defender os interesses de Eduardo Cunha.