Bras�lia, 04 - Os primeiros sinais de confronto entre milit�ncias pr� e contra o ex-presidente da Rep�blica Luiz In�cio Lula da Silva, principalmente em S�o Paulo, deixou a c�pula militar "muito preocupada". Integrantes do Alto Comando das For�as Armadas consultados pelo jornal O Estado de S. Paulo defenderam que "as pessoas que t�m responsabilidade de mobiliza��o t�m de exerc�-la, no sentido de manter o Pa�s nos rumos do limite da normalidade social".
As afirma��es s�o feitas pela preocupa��o com a incita��o que poder� ocorrer pelas m�dias sociais, por l�deres petistas ou n�o petistas, incentivando confrontos ou viol�ncia por causa da nova fase da Opera��o da Pol�cia Federal, que fez buscas na casa de Lula, seus filhos e no Instituto Lula, e levou o ex-presidente para depor � PF.
H� um temor de que, ao longo do dia, os �nimos sejam acirrados e a tranquilidade de grandes cidades seja abalada. Por isso mesmo, os militares dizem que esperam, ainda, que os governadores dos Estados estejam preparados e prontos para impedir que ocorram atos de viol�ncia. "Nos preocupa muito que haja radicalismos e esperamos que n�o submetam a popula��o ao enfrentamento em clima de radicalismo e trucul�ncia, que s� v�o gerar viol�ncia e n�o v�o construir ou encontrar solu��o", comentou um oficial-general do Alto Comando das For�as Armadas.
A palavra de ordem para os militares � "legalidade" e "pacifica��o", al�m de acompanhamento da situa��o nos mais diversos pontos do Pa�s. A maior preocupa��o � que, em confronto dessa natureza, todos sabem como come�a, mas n�o se sabe como termina. "As pessoas de responsabilidade t�m de ter consci�ncia de que este � um fato judicial", disse um oficial-general. "N�s n�o podemos transformar o Brasil em um Pa�s de n�s contra eles, por conta de um processo que sempre vai deixar para as pessoas a possibilidade de se defenderem e sa�rem inc�lumes, defendidas, se este for o caso", prosseguiu o militar.
A torcida, na �rea militar, � pela "manuten��o da estabilidade e da paz social", comentou outro oficial-general, lembrando que seria muito importante que as lideran�as partid�rias, sindicais e de todos os segmentos n�o alimentem o confronto entre as pessoas.