S�o Paulo, 04 - Em entrevista coletiva na sede do PT na tarde desta sexta-feira, 4, o advogado Cristiano Zanin, que defende o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, afirmou que a condu��o coercitiva do petista para depor na Pol�cia Federal � uma "afronta" � Constitui��o e n�o tem base jur�dica.
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Ele classificou como um "absurdo" a alega��o de que a medida se deu por quest�es de seguran�a. �A falta de base jur�dica do pedido de condu��o coercitiva salta aos olhos. Essa medida s� se justifica quando o intimidado n�o comparece para dar depoimento."
A defesa do ex-presidente tamb�m afirmou que os objetos da investiga��o, as palestras de Lula, o apartamento no Guaruj� e o s�tio em Atibaia, est�o vinculados ao Estado de S�o Paulo. "Portanto, n�o h� interesse da Uni�o nesse assunto ou qualquer rela��o dele com o objeto das investiga��es que come�aram em 2008, em Curitiba, para investigar a lavagem de dinheiro de um doleiro", disse o advogado.
Segundo Zanin, a a��o de hoje foi uma "afronta" ao Supremo Tribunal Federal (STF), que deve definir neste s�bado se a investiga��o fica com o Minist�rio P�blico Federal ou Estadual. "Essa medida de for�a se deu antes de o STF proferir a decis�o se a compet�ncia � estadual ou federal. Todos sabiam que haveria um pronunciamento do STF. Por isso houve uma afronta ao STF, que foi surpreendido."
O advogado tamb�m afirmou que a decis�o proferida pelo juiz Sergio Mouro determinando a condu��o coercitiva do ex-presidente Lula "colide frontalmente com a Constitui��o brasileira e com as leis".