Bras�lia, 04 - Durante reuni�o com prefeitos, no Pal�cio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff classificou como "um exagero" a condu��o coercitiva do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva pela Pol�cia Federal. "A presidente protestou porque ela acha que as coisas est�o fugindo da normalidade do estado democr�tico de direito e lamentou que isso esteja acontecendo", disse o prefeito de Porto Alegre, Jos� Fortunati, do PDT.
Segundo Fortunati, a presidente lembrou que Lula "nunca se negou a depor, sempre usou os mecanismos legais, sempre foi ao Poder Judici�rio e, obviamente, ela entende que houve um exagero nessa condu��o for�ada do presidente Lula". Ele disse ainda que a presidente fez quest�o de mostrar "sua insatisfa��o com essa situa��o". Dilma Rousseff considerou "exagerada e desnecess�ria" a medida.
Dilma lamentou muito o que ocorreu, mas disse que n�o poderia interferir numa decis�o da Pol�cia Federal. "Antes de entrar no tema da reuni�o, que era a CPMF (Contribui��o Provis�ria sobre Movimenta��o Financeira), ela falou sobre esse assunto. Disse que Lula nunca se negou a prestar depoimento e, por isso, n�o precisava aquela a��o toda. Afirmou, por�m, que respeitava as institui��es", contou o prefeito de Manaus, Arthur Virg�lio (PSDB).
Na reuni�o, a presidente Dilma n�o citou a dela��o do senador Delc�dio Amaral, mas fez quest�o de fazer esclarecimentos aos prefeitos em rela��o a acusa��es feitas em rela��o a ela, de que teria tentado interferir na Opera��o Lava Jato.
O prefeito de Par� de Minas (MG), Antonio J�lio de Farias (PMDB), que tamb�m participou do encontro, disse ao jornal "O Estado de S. Paulo" que a presidente Dilma tamb�m associou a divulga��o antecipada da revista Isto�, com o a suposta dela��o premiada do senador Delc�dio Amaral (PT-MS), com a deflagra��o dessa nova fase da Opera��o Lava Jato.
A reuni�o originalmente foi marcada para a presidente Dilma defender junto aos prefeitos a necessidade de aprova��o da CPMF. Dilma encaminhou ao Congresso a proposta de 0,20% para a Uni�o e o governo sinalizou que concorda de ampliar o valor da al�quota do novo imposto para 0,38%, de forma que os Estados e munic�pios recebam tamb�m 0,09% cada. No encontro, Dilma fez quest�o de dizer que "a CPMF � a �nica forma de o Pa�s sair da crise".