Bras�lia, 07, 07 - Em representa��o apresentada nesta segunda-feira, 7, � Procuradoria Geral da Rep�blica (PGR), os l�deres do DEM na C�mara, Pauderney Avelino (AM), e do Senado, Ronaldo Caiado (GO), afirmam que a presidente Dilma Rousseff visitou o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva em S�o Bernardo do Campo (SP), no s�bado, 5, com o objetivo de "atacar e desacreditar" a Opera��o Lava Jato, tocada pelo Poder Judici�rio, pelo Minist�rio P�blico e pela Pol�cia Federal.
No pedido, as duas lideran�as pedem ao procurador-geral da Rep�blica que abra uma apura��o contra Dilma e o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, por improbidade administrativa por terem usado a estrutura da Presid�ncia para realizarem um "verdadeiro ato pol�tico de desagravo" a Lula, um dia ap�s a decis�o do juiz S�rgio Moro, respons�vel pela Lava Jato, ter decidido conduzir coercitivamente o ex-presidente.
"Conforme amplamente divulgado pela imprensa, Dilma Rousseff utilizou a estrutura da Presid�ncia para cumprir des�gnios pessoas e partid�rios. Numa patente viola��o ao princ�pio republicano, valeu-se a Representada Dilma Roussef, por exemplo, de avi�es, helic�pteros e carros oficiais para chegar ao apartamento do ex-presidente. Ademais, levou em sua comitiva outros integrantes do governo, como o Ministro Chefe da Casa Civil, Jaques Wagner", afirma os l�deres do DEM na representa��o.
Para Pauderney e Caiado, h� uma evidente contradi��o entre o discurso e o agir do governo, que faz "cortesia com o chap�u do contribuinte". Ele citou que, de um lado, o Executivo quer ampliar a "j� sufocante" carga tribut�ria e reduzir significativamente o gasto p�blico ao mesmo tempo em que, com a viagem, existe uma "absoluta falta de parcim�nia e de responsabilidade no disp�ndio dos recursos p�blicos".
Em entrevista ap�s ter entregue a representa��o, Caiado disse que, diante da crise pol�tica que impede Dilma de administrar, quem toca o governo � o ex-presidente. "� triste assistir o Brasil nessa situa��o e a presidente sem qualquer capacidade de aglutinar", afirmou.