"Est�o querendo me incluir de todo o jeito", diz Lula, sobre Lava-Jato

Bras�lia - Em caf� da manh� na resid�ncia oficial do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) pediu uma rea��o dos senadores ap�s ele ter sido alvo de uma condu��o coercitiva na �ltima sexta-feira, 04, determinada pela 24ª fase da Opera��o Lava Jato. "Est�o querendo me incluir de todo o jeito. Est�o for�ando a barra", reclamou o petista.

No encontro que contou com a presen�a de cerca de 20 senadores, Lula disse que ele est� sendo "perseguido" pela for�a-tarefa que investiga o esquema de corrup��o da Petrobras, embora n�o tenha citado nominalmente o juiz S�rgio Moro, respons�vel pela opera��o. Ele disse que os senadores deveriam se manifestar sobre a condu��o da qual ele foi alvo, que classificou como "ilegal".

No in�cio do caf�, o ex-presidente fez quest�o de destacar que n�o � dono do tr�plex no Guaruj� (SP) nem do s�tio em Atibaia (SP), im�veis cuja Lava-Jato suspeita que seja patrim�nio oculto do ex-presidente. Contudo, Lula n�o deu maiores detalhes sobre as propriedades, mas ressaltou que j� prestou todos os esclarecimentos � Justi�a.

Participaram do encontro senadores do PMDB, do PT, do PP, do PDT e do PCdoB, todos integrantes da base aliada do governo da presidente Dilma Rousseff. O Senado � a Casa Legislativa que, proporcionalmente, tem mais parlamentares investigados na opera��o: 13 dos 81 senadores s�o alvos de inqu�ritos no Supremo Tribunal Federal, inclusive Renan Calheiros.

Ap�s a explana��o inicial, Lula e os senadores come�aram a conversar sobre a preocupa��o com a economia brasileira. Presente ao encontro, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) afirmou que n�o foi discutida na reuni�o suposta nomea��o de Lula para algum minist�rio do governo, o que daria ao ex-presidente a prerrogativa de ser investigado apenas pelo Supremo.