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Estado de Minas

Empres�rio condenado pela Opera��o Lava Jato diz n�o conhecer Delc�dio


postado em 09/03/2016 15:31

Bras�lia, 09, 09 - O empres�rio Adir Assad, condenado no ano passado pela Opera��o Lava Jato, optou por permanecer em sil�ncio durante a maior parte do seu depoimento na CPI dos Fundos de Pens�o, nesta quarta-feira, 9. Ele afirmou n�o conhecer o senador Delc�dio Amaral (PT-MS) e nunca ter ouvido falar do tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff em 2010, Jos� de Filippi Jr. - em resposta � suposta dela��o premiada negociada por Delc�dio, divulgada na semana passada pela revista Isto�, na qual teria sido citado.

"Eu li a not�cia, mas aquilo n�o � uma dela��o. Primeiro porque n�o conhe�o o senador Delc�dio, depois porque nunca ouvi falar do senhor Felipe. Ele comentou uma coisa que nunca ouvi falar", comentou o empres�rio ap�s ser questionado pelo presidente da CPI, Efraim Filho (DEM-PB).

Supostamente Delc�dio disse que, "orientados pelo tesoureiro de campanha de Dilma, Jos� de Filippi, os empres�rios faziam contratos de servi�os com as empresas de Adir Assad, um dos alvos da CPI dos Bingos, que repassava recursos para as campanhas eleitorais". Assad tamb�m disse ter certeza de que n�o tem "culpa nenhuma".

Ele justificou a op��o de permanecer calado por estar afastado de suas empresas desde 2008, enquanto os fatos questionados na CPI ocorreram a partir de 2012, alegando assim que n�o teria como colaborar com as investiga��es. "Eu nunca fiz servi�o para governo ou fundos de pens�o, eu nem sei os nomes dos fundos. Como todos sabem, j� estou preso, tenho muitos problemas e posso me atrapalhar mais ainda. Tenho certeza que n�o tenho nada a ver com fundo de pens�o, nunca tive" declarou.

O presidente da CPI, Efraim Filho, criticou a op��o de Assad de permanecer calado e o amea�ou. "A sua condi��o aqui e seu eventual sil�ncio t�m consequ�ncias jur�dicas e sua equipe de advogados sabe disso. A sua condi��o de testemunha passar� a ser de investigado. E provavelmente seu nome constar� no relat�rio final como indiciado, porque o seu sil�ncio, e o senhor tem direito a isso, pode gerar um ju�zo de culpa, de confiss�o, dos fatos que est�o sendo alegados contra o senhor, tal qual uma revelia no processo civil", alegou Efraim.

Segundo o advogado de Assad, Miguel Pereira Neto, o exerc�cio do direito ao sil�ncio "n�o agrava e nem atenua" a situa��o do seu cliente. Contudo, o presidente da CPI e o relator, S�rgio Souza (PMDB-PR), continuaram insistindo para que Assad falasse. "� triste a gente n�o conseguir ter de um depoente as respostas que a gente precisaria para a elabora��o do nosso trabalho", disse S�rgio.

O relator sugeriu ainda que a sess�o poderia ser transformada em reservada, mas Assad continuou dizendo que n�o tinha "nada a revelar" sobre o assunto. O empres�rio foi condenado em setembro do ano passado a cumprir pena de 9 anos e 10 meses de pris�o em regime inicial fechado, al�m de multa, pelos crimes de lavagem de dinheiro e associa��o criminosa. Em dezembro, a 2� Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu pris�o domiciliar ao empres�rio. Ele � considerado um dos operadores do esquema de corrup��o na Petrobras.

CPI

Na pr�xima semana, de acordo com Efraim, a comiss�o planeja convocar para depor o ex-presidente do Postalis, Ant�nio Conquista; o ex-presidente da Funcef, fundo dos funcion�rios da Caixa, Carlos Caser; e o ex-presidente da Previ, fundo dos funcion�rios do Banco do Brasil, Gueitiro Matsuo.

A CPI dos Fundos de Pens�o foi prorrogada na �ltima quarta-feira pelo presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por 30 dias. A comiss�o foi criada em agosto de 2015 para investigar ind�cios de aplica��o incorreta de recursos e manipula��o na gest�o dos fundos de previd�ncia complementar de estatais, entre 2003 e 2015.


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