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Estado de Minas

Lula era o 'mascote' da venda das unidades do edif�cio do triplex, diz promotor


postado em 10/03/2016 17:55 / atualizado em 10/03/2016 18:07

S�o Paulo, 10 - Ao detalhar a den�ncia contra o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva e seus familiares por lavagem de dinheiro e falsidade ideol�gica envolvendo o triplex no edif�cio Solaris, no Guaruj�, o promotor C�ssio Conserino, do Minist�rio P�blico de S�o Paulo, relatou que a investiga��o ouviu depoimentos de v�rias testemunhas envolvidas com a obra que moram no pr�dio e que o ex-presidente era tratado como um "mascote" do edif�cio pelos corretores de im�veis.

"Todos disseram que o ex-presidente Lula era o mascote da vendas unidades. Eles sinalizavam para os eventuais compradores (de unidades do Solaris) que poderiam jogar bola com o presidente, passear com o ex-presidente da Rep�blica no condom�nio. E que teriam mais seguran�a por conta da presen�a da figura ilustre do ex-presidente da Rep�blica", disse Conserino.

Ele explicou que foram ouvidas ao menos 20 testemunhas, inclusive funcion�rios do edif�cio, nas investiga��es que relataram que o im�vel era destinado a Lula e a sua fam�lia. O petista � acusado de lavagem de dinheiro e falsidade ideol�gica.

"O ex-presidente foi indevidamente contemplado com o triplex. Agora, o que foi colocado dentro do triplex � de compet�ncia do Minist�rio P�blico Federal. Reforma que custou quase R$ 800 mil, mob�lia que custou R$ 300 mil. Dois milh�es de reais. Qual � o empres�rio que tomaria uma postura dessas e inseriria tantas benfeitorias naquele apartamento se n�o fosse j� previamente reservado e destinado a algu�m (a fam�lia Lula)?", seguiu Conserino.

Ele lembrou ainda que a fam�lia do petista, que adquiriu cotas do empreendimento da Bancoop e teve a op��o por receber o dinheiro de volta ou ficar com o apartamento depois que a cooperativa ficou insolvente, em 2009, e os im�veis do empreendimento foram repassados para a empreiteira OAS. "A fam�lia presidencial teve seis anos para pensar se permaneceria (no pr�dio) da OAS. Ao que parece s� desistiu por conta da investiga��o", disse Conserino.

Para o promotor, a fam�lia Lula s� desistiu de adquirir o empreendimento depois que o caso veio � tona pela imprensa. "S� n�o houve a terceira etapa da integraliza��o porque o �rg�o de imprensa (Revista Veja) noticiou essa situa��o e eles (Lula e sua fam�lia) resolveram por bem largar o condom�nio �s pressas. Desde sempre aquele im�vel esteve reservado para o ex-presidente. A OAS nunca comercializou aquele im�vel com quem quer que seja. A ordem era essa, segundo constou dos depoimentos dos corretores", afirmou.

Os promotores destacaram que outros im�veis, no mesmo condom�nio Solaris, est�o sob investiga��o, inclusive um que seria do ex-tesoureiro do PT, Jo�o Vaccari Neto, e "outros im�veis estavam reservados a outros integrantes daquela ideologia pol�tica e que n�o eram objeto de comercializa��o".

"H� uma gama de provas testemunhais e documentais que refletem essa situa��o. N�o ficamos s� num segmento. Mesclamos todo tipo de informa��o. O propriet�rio da empresa que fez a reforma no triplex disse: 'entregamos para a ex-primeira dama e seu filho'".

S�o acusados 16 investigados pela Promotoria paulista. Al�m de Lula, foram denunciados a ex-primeira-dama Marisa Let�cia, o filho mais velho do casal F�bio Luiz Lula da Silva, o Lulinha, e mais 13 investigados. Na lista est�o o ex-tesoureiro do PT Jo�o Vaccari Neto, o empres�rio L�o Pinheiro, da empreiteira OAS, amigo de Lula, e ex-dirigentes da Cooperativa Habitacional dos Banc�rios (Bancoop).

A investiga��o mostrou que a empreiteira OAS bancou uma reforma sofisticada do apartamento, ao custo de R$ 777 mil. Segundo o engenheiro Armando Dagre, s�cio-administrador da Talento Construtora, contratada pela OAS, os trabalhos foram realizados entre abril e setembro de 2014.

Em 2006, quando se reelegeu presidente, Lula declarou � Justi�a eleitoral possuir uma participa��o em cooperativa habitacional no valor de R$ 47 mil. A cooperativa � a Bancoop que, com graves problemas de caixa, repassou o empreendimento para a OAS.

Lula apresentou sua defesa por escrito no inqu�rito da Promotoria. O petista afirma que n�o � o dono do triplex.


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