(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Promotoria diz que Dilma 'valeu-se de meios p�blicos' para defender Lula


postado em 11/03/2016 16:25 / atualizado em 11/03/2016 16:39

(foto: Lula Marques/ Agência PT)
(foto: Lula Marques/ Ag�ncia PT)

A Promotoria criminal de S�o Paulo faz cr�ticas � presidente Dilma Rousseff no pedido de pris�o preventiva do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, a quem acusa de lavagem de dinheiro e falsidade ideol�gica no caso do tr�plex do Guaruj�. De acordo com a promotoria, em meio ao cerco a seu antecessor, Dilma o defende publicamente. "A sociedade civil, a imprensa livre e as institui��es p�blicas assistiram, surpresas, a uma Presidente da Rep�blica, em pleno exerc�cio de seu mandato, interromper seus caros compromissos presidenciais para vir a p�blico defender pessoa que n�o ocupa qualquer cargo p�blico, mas que guarda em comum com a chefe m�xima do Governo Federal a mesma filia��o partid�ria", anotaram os promotores.

A men��o a Dilma ocupa v�rios par�grafos da representa��o � Justi�a pelo decreto de pris�o - pe�a que acompanha den�ncia criminal contra Lula, sua mulher Marisa Let�cia, o filho mais velho do casal F�bio Luiz Lula da Silva, o Lulinha, e mais treze acusados.

Os promotores C�ssio Conserino, Jos� Carlos Blat e Fernando Henrique Ara�jo citam Dilma no cap�tulo em que sustentam que Lula usa do "poder pol�tico-partid�rio" para tentar se esquivar da investiga��o. Eles apontam passagens que, em sua avalia��o, confirmam o empenho da presidente no apoio a Lula inclusive com uso de recursos p�blicos.

"N�o seria poss�vel deixar de ressaltar tr�s epis�dios sintom�ticos e extremamente expressivos do poder pol�tico-partid�rio do denunciado, prova de sua capacidade de se valer de pessoas que ocupam at� cargos p�blicos para defend�-lo, conquanto devessem se abster de faz�-lo", argumentam os promotores.

O primeiro cap�tulo, segundo eles, ocorreu na sexta-feira, 4, quando o ex-presidente foi conduzido coercitivamente pela Pol�cia Federal para depor em uma sala no Aeroporto de Congonhas no inqu�rito da Opera��o Lava Jato que atribui a Lula a posse do tr�plex do Guaruj� e do s�tio Santa B�rbara, em Atibaia. "O primeiro epis�dio � relativo � mobiliza��o da Presidente da Rep�blica que se apresentou em rede nacional de TV para realizar pronunciamento em defesa do denunciado, na tarde da mesma data em que, pela manh� o denunciado foi conduzido coercitivamente pela Pol�cia Federal para prestar depoimento sobre fatos que s�o objeto da investiga��o denominada Opera��o Lava Jato e que tramita sob a presidencia do Minist�rio P�blico Federal em Curitiba."

Eles citam a viagem de Dilma a S�o Bernardo do Campo no s�bado, 5, em jatinho da FAB, para se solidarizar a Lula. "O segundo epis�dio que causou mais surpresa, de forma nova e igualmente lament�vel, foi saber pela imprensa que no dia 5 de mar�o de 2016, a mesma Presidente da Rep�blica embarcou para o munic�pio em que o denunciado reside para prestar apoio a ele, valendo-se de meios p�blicos, e n�o privados, de transporte."

Censuram, ainda, um outro pronunciamento p�blico da presidente sempre de apoio ao antecessor investigado. "O terceiro e �ltimo fato foi que, n�o satisfeita, por uma segunda vez, diga-se, menos de uma semana ap�s sua primeira defesa, a Presidente da Rep�blica veio novamente a p�blico externar sua opini�o em defesa do denunciado sobre fatos de que deveria se abster, porquanto relativos a decis�o judicial relacionada a investiga��o que n�o guarda qualquer rela��o com os atos do Governo Federal."

"Da� porque patente a hip�tese de necessidade de pris�o preventiva do denunciado por conveni�ncia da instru��o criminal, pois amplamente provadas suas manobras violentas e de seus apoiadores, com defesa p�blica e apoio at� mesmo da Presidente da Rep�blica, medidas que somente t�m por objetivo blindar o denunciado - erigindo-o a patamar de cidad�o 'acima da lei', algo inaceit�vel no Estado Democr�tico de Direito brasileiro, pois � inadmiss�vel permitir-se o tumulto do estado normal de tr�mite das investiga��es e do vindouro processo crime."

Eles insistem na necessidade de pris�o de Lula alegando que ele pode fugir do Pa�s. "A pris�o cautelar guarda co-rela��o com a garantia de aplica��o da lei penal. Ora, se h� evid�ncias de que o denunciado praticou os crimes tratados na den�ncia, necess�rio que seja segregado cautelarmente, pois sabidamente possui poder de ex-presidente da Rep�blica, o que torna sua possibilidade de evas�o extremamente simples."

Nesta sexta, 11, em entrevista coletiva, Dilma falou sobre o pedido de pris�o de Lula. Para ela, o pedido dos promotores de Justi�a de S�o Paulo "� um ato que ultrapassa o bom senso". Dilma considera que n�o existe base para a medida requerida pela Promotoria.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)