A funcion�ria da Odebrecht Maria L�cia Guimar�es Tavares passou a colaborar com a for�a-tarefa da Opera��o Lava-Jato e foi colocada no Programa de Prote��o a Testemunha. Sob suspeita de ser respons�vel por parte da distribui��o da "rede de acaraj�s" - que seria refer�ncia a propina - da empreiteira, ela foi colocada em liberdade no dia 2 de mar�o, ap�s ficar nove dias presa temporariamente alvo da Opera��o Acaraj�, 23ª fase da Lava-Jato.
A 23ª fase pegou o publicit�rio Jo�o Santana e sua mulher e s�cia Monica Moura, marqueteiros das campanhas presidenciais de Lula (2006) e Dilma (2010 e 2014). O casal est� preso preventivamente em Curitiba, base da Lava-Jato. Eles teriam recebido pelo menos US$ 7,5 milh�es da Odebrecht em conta, na Su��a, da offshore Shelbill. Os investigadores suspeitam que esse dinheiro foi repassado ao marqueteiro por servi�os prestados ao PT em campanhas eleitorais.
Maria L�cia mora em Salvador, onde trabalha na Odebrecht. Nesta sexta-feira, a Lava-Jato realizou nova pris�o de funcion�ria ligada � empresa na capital baiana e realizou buscas em dois endere�os. A miss�o � desdobramento da Acaraj�.
Segundo a representa��o da Pol�cia Federal, Maria L�cia "era a pessoa respons�vel pelo controle das entregas dos 'acaraj�s', como os investigados chamavam os valores repassados".
Ao determinar que sua pris�o tempor�ria n�o fosse convertida em preventiva, no dia 2 de mar�o, o juiz federal S�rgio Moro - dos processos em primeiro grau da Lava-Jato - afirmou que "apesar da aparente gravidade dos fatos em apura��o, n�o somente manuten��o de conta no exterior, mas corrup��o, lavagem de dinheiro al�m de poss�veis fraudes em financiamento pol�tico partid�rio, � certo que Maria L�cia teria uma fun��o subordinada no suposto esquema criminoso, sendo talvez desproporcional, neste momento, a decreta��o da preventiva".
A secret�ria guarda detalhes sobre pagamentos – um total de US$ 3 milh�es j� identificados – feitos ao publicit�rio Jo�o Santana pela empreiteira. Foi com ela que a Lava-Jato encontrou planilhas indicando pagamentos a "Feira", refer�ncia a Jo�o Santana, conforme aparecia ainda em mensagens de celulares de outros executivos da Odebrecht.