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Estado de Minas

Moro � tratado como her�i em manifesta��o em Bras�lia


postado em 13/03/2016 15:43

Bras�lia, 13 - Na maior manifesta��o antigoverno realizada em Bras�lia desde o ano passado, o juiz federal S�rgio Moro, respons�vel pela Opera��o Lava Jato, foi tratado como "her�i nacional". Neste domingo, 13, 100 mil pessoas foram � Esplanada dos Minist�rios segundo o Governo do Distrito Federal (GDF). De acordo com os organizadores, 200 mil pessoas foram ao ato, encerrado pouco depois do meio-dia.

Eram v�rias as refer�ncias a Moro. Havia grito de guerra, m�scaras e camisetas. Do alto do trio el�trico, locutores ensinavam � multid�o como fazer com os dedos um "M" para representar o juiz, citado tamb�m em par�dias -"D�-lhe, Moro! D�-lhe, Moro!- e em faixas, como as que diziam "eu 'Moro' de amor pelo Brasil", "Deixa o Moro trabalhar" e "STF � PT. Moro � Brasil", esta �ltima uma cr�tica ao Supremo Tribunal Federal, respons�vel pelas decis�es da Lava Jato que envolvem aqueles que t�m foro privilegiado.

"Juiz S�rgio Moro, n�s, o povo brasileiro, estamos do seu lado! Confie! Cumpra seu dever e fa�a justi�a! O Senhor (com 'S' mai�sculo mesmo) nos representa! N�s, o povo brasileiro, hoje nas ruas de todo Pa�s, apoiamos o Minist�rio P�blico, a Pol�cia Federal e a Justi�a brasileira!", diz manifesto lido no encerramento da manifesta��o.

De capa presa ao pesco�o tal qual o Super Homem e um boneco infl�vel do juiz federal na m�o, o empres�rio Guilherme Desordi, 27, se autointitulava "Super S�rgio Moro". "Ele hoje � o maior her�i do Pa�s", afirmou, ao lado do sobrinho de 1 ano, que brincava com um mini-Pixuleco, boneco do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva trajado como presidi�rio. A vers�o gigante do boneco foi inflada diante do Congresso Nacional.

Os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foram lembrados pontualmente. Os principais alvos foram a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula. Do alto do trio el�trico, o manifesto que enalteceu Moro foi duro com a petista. O texto, distribu�do ao manifestantes, cobrava tamb�m a "retirada imediata da presidente Dilma Rousseff". "Ela n�o nos representa!", leu um entusiasmado locutor. "Basta de impostos! Chega de demagogia!", disse sob aplausos. "O povo brasileiro quer viver num Pa�s democr�tico, livre e justo! Basta de manobras contr�rias ao interesse p�blico! Queremos os criminosos na cadeia!", dizia o manifesto lido.

Ao microfone pessoas se revezavam bradavam que o ex-presidente Lula � um "ladr�o sem vergonha roubando o Estado brasileiro". "Fora Dilma e Lula na cadeia", berrava outro manifestante. "Eu sei que n�o tem petralha aqui, mas vai que tem um infiltrado", dizia o locutor ao alertar as pessoas a terem cuidado com carteiras e telefones celulares. Em coro, a multid�o gritava "a nossa bandeira jamais ser� vermelha", em refer�ncia � cor do PT, e "Lula na cadeia".

Dos carros de som tamb�m se ouvia uma s�rie de m�sicas, a maioria par�dias de m�sicas famosas. O refr�o do funk "Baile de Favela" era cantado como "A Dilma � baile de propina / O Lula � baile de propina". O can��o "A muri�oca soca" foi transformada em m�sica que dizia "quem pica � a mosquita", em alus�o a uma fala da presidente Dilma, que, em campanha contra o v�rus zika, ao citar a f�mea do Aedes aegypti, Dilma usou a palavra "mosquita". A m�sica "Gasolina" foi cantada assim: "Aumento da gasolina. Quem mandou votar na Dilma?".

Alguns pol�ticos de oposi��o participaram do evento em Bras�lia, mas n�o chegaram a discursar no trio el�trico oficial. O pastor Silas Malafaia discursou e foi vaiado. Os organizadores se desesperaram e tentaram antecipar o fim do ato, ativando canh�es de papel picado e executando o Hino Nacional. �s 12h02, a manifesta��o estava encerrada.


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