S�o Paulo - O consultor Antonio Mamo Trevisan, amigo do ex-presidente Lula, foi ouvido nessa segunda-feira, 14, pelo juiz federal S�rgio Moro, que conduz os processos da Opera��o Lava Jato. Convocado como testemunha de defesa do pecuarista Jos� Carlos Bumlai, ele lembrou de como conheceu o amigo em comum, falou sobre encontros sociais na Granja do Torto e disse que n�o trataram de pol�tica ou neg�cios.
O advogado do pecuarista quis saber de Trevisan se ele esteve "com Jos� Carlos Bumlai na resid�ncia do ent�o presidente Lula".
"N�s (Trevisan e Bumlai) participamos juntos de uma ONG chamada A��o Fome Zero. Essa ONG cuidava da merenda escolar no Brasil", afirmou Trevisan. Segundo ele, o Pa�s serve 40 milh�es de merenda todos os dias e ele disse ter ficado "entusiasmo com a possibilidade em apoiar os conselhos de alimenta��o escolar nos 5 mil e poucos munic�pios" brasileiros.
"Porque esses conselhos foram criados mas os seus membros n�o tinham o conhecimento de como fazer para receber os recursos da merende escolar, que ia para as prefeituras e de que maneira seria distribu�do."
"Ao criar esta ONG, contei com o apoio forte de Jos� Carlos Bumlai", disse Trevisan. "Anualmente, durante os 10 anos que essa ONG existiu, n�s encerramos em 2013, fazia-se uma premia��o para o prefeito melhor gestor da merenda escolar. Isso era feito em Bras�lia, com a presen�a do presidente Lula", contou ao juiz.
O processo envolve a atua��o de Bumlai em favor do Grupo Schahin em contrato de opera��o de navio-sonda, fechado com a Petrobr�s.
"Bumlai ajudou muito nesse per�odo. Em duas ocasi�es o presidente Lula ao final da premia��o nos convidou para jantar, comer um petisco na casa dele, l� na Granja do Torto, acho que foi 2004, talvez 2005."
Questionado sobre qual era o assunto nesses encontros, Trevisan respondeu: "S� amenidades. O presidente gostava de falar de futebol, de jogar um jogo chamado mexe mexe, que eu nunca consegui aprender, e ele adora esse jogo".
"Nessas reuni�es fal�vamos de churrasco, de futebol e desse jogo, durante uma, duas horas e �amos embora. Nunca de tratar de nenhum tema de neg�cio, de pol�tica."