S�o Paulo, 18 - Em meio � crise pol�tica e � explos�o das ruas, cerca de quinhentos ju�zes federais de todo o Pa�s declararam apoio a S�rgio Moro, o magistrado que comanda a Opera��o Lava Jato.
Alvo de cr�ticas da presidente Dilma Rousseff e do PT, Moro tornou p�blico na quarta-feira, 16, o acervo de grampos telef�nicos da Opera��o Aletheia. O alvo da intercepta��o era o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. Assim, quem ligou para ele, a presidente caiu na malha fina do Guardi�o, a mais poderosa ferramenta do grampo.
Dilma ligou para Lula na tarde do dia 4 de mar�o, poucas horas depois que seu antecessor foi levado de forma coercitiva pela Pol�cia Federal para depor. A presidente tamb�m telefonou para seu antecessor na tarde de quarta-feira, 16, pouco depois de Moro mandar suspender a escuta. Nesta sexta-feira, 18, Dilma disse que "� crime mandar grampear o presidente da Rep�blica".
Na noite de quinta-feira, Moro disse que "aqui at� pr�ncipe est� sujeito � lei". O juiz disse que "n�o pode colher provas no �mbito de uma investiga��o criminal e compartilhar essas provas para fins privados ou para finalidades n�o permitidas pela lei". Ele esclareceu que a lei autoriza o compartilhamento "quando h� interesse justific�vel".
O manifesto dos quinhentos ju�zes foi divulgado "diante dos recentes desdobramentos da Opera��o Lava Jato, em especial os relatos de di�logos entre a Presidente da Rep�blica e o ex-presidente Lula".
Os magistrados declaram "irrestrito apoio �s decis�es que foram proferidas, em Curitiba, pelo juiz federal S�rgio Moro".
"Ao atuar de maneira firme, comprometida e alinhada � Constitui��o Federal, S�rgio Moro reflete o ideal de um Poder Judici�rio independente e aut�nomo, que n�o se curva a condutas il�citas e antirrepublicanas", diz o texto. "A banaliza��o da corrup��o e a cultura da impunidade devem ser p�gina virada em nosso Pa�s. Sigamos vigilantes e firmes!", concluem os ju�zes.
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Colegas de Moro avisam que 'n�o se curvar�o a condutas antirrepublicanas'
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