S�o Paulo, 19 - O senador Delc�dio Amaral (sem partido-MS) afirmou, em entrevista do Jornal Nacional, da TV Globo, que o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva tinha ci�ncia da corrup��o na Petrobras e que acredita que a campanha de Dilma Rousseff recebeu dinheiro desviado da companhia.
"[Lula] Tinha ci�ncia disso, conhecia claramente. Nomeou, junto com as bancadas, os principais diretores da Petrobras", disse.
Delc�dio tamb�m afirmou que "n�o tem nenhuma d�vida" de que o esquema de corrup��o da Petrobras irrigou as campanhas de 2010 e 2014 da presidente Dilma Rousseff.
"O tempo vai dizer, claramente. Daqui a algumas semanas as pessoas v�o ter condi��es. At� na minha colabora��o eu falo isso, e a minha colabora��o vai fechar com dados que j� foram levantados j� em outras colabora��es. Eu n�o tenho d�vida disso", afirmou.
O senador voltou a afirmar que o esquema de corrup��o na Petrobras tem origem em outros governos. "N�o � de agora que os diretores da Petrobras s�o indicados politicamente. Em outros governos tamb�m foram. N�o estou dizendo todos, mas essa pr�tica n�o � de agora", disse Delc�dio, sem citar nomes de outros ex-presidentes.
Delc�dio disse tamb�m que participou do n�cleo que discutia a Lava Jato por ter tr�nsito nas empresas em que teria havido desvios. "Eu conhe�o todos os atores, eu fui empregado da Petrobras, eu fui empregado do sistema Eletrobras, eu conheci as principais empresas, os donos de empresa. E eu sabia das coisas", disse, afirmando que tinha como miss�o, enquanto l�der do governo, aprovar os projetos do Executivo.
Revista
Em entrevista � edi��o da revista Veja deste final de semana, Delc�dio disse que Lula comandava o esquema de corrup��o da Petrobras e que a presidente Dilma "sabia de tudo". O senador acusou Lula e Dilma de tentar obstruir os trabalhos da Justi�a.
Em nota divulgada neste domingo, a Presid�ncia da Rep�blica rebateu as declara��es dadas por Delc�dio � Veja e acusou o ex-l�der do governo de fazer "ataques mentirosos e sem qualquer base de realidade" contra a presidente Dilma Rousseff.