Dilma faz as contas para o impeachment e buscar� reaproxima��o com Temer

Bras�lia, 21 - A presidente Dilma Rousseff iniciou os trabalhos da semana fazendo as contas para barrar o processo de impeachment e disposta a investir em reaproxima��es com o vice-presidente Michel Temer. O objetivo � tentar "tocar a agenda" independente da situa��o do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva que, apesar de ter tido a posse da Casa Civil suspensa, pode vir para Bras�lia ainda nesta segunda-feira, 21, e come�ar um trabalho informal de articula��o. A avalia��o � que Lula pode come�ar a trabalhar sem ser oficialmente ministro e que o governo n�o pode parar � espera de uma decis�o do Supremo Tribunal Federal (STF), j� que essa quest�o "n�o tem como depender de a��es do Planalto".

Segundo interlocutores da presidente, durante a reuni�o de coordena��o desta segunda-feira, 21, al�m de um diagn�stico do processo de impeachment que est� em andamento, a presidente avaliou que � preciso refor�ar os la�os com o PMDB, partido do vice-presidente Michel Temer, que tem dado sinais de que o desembarque do governo est� pr�ximo.

A avalia��o de fontes do governo � que, apesar da situa��o com o partido estar complicada, "ela n�o � irrevers�vel". "A presidente deve fazer novamente um apelo aos ministros do PMDB para se reaproximar de Temer", disse um interlocutor. O vice-presidente est� nesta segunda-feira em S�o Paulo e, segundo sua assessoria, n�o tem compromissos p�blicos.

Al�m da preocupa��o com o PMDB, Dilma, os ministros e os l�deres do governo fizeram uma an�lise do processo de impeachment que, para governistas, tem sido acelerado de forma proposital pelo presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Segundo fontes que participaram da reuni�o, apesar do cen�rio de crise agravado, ainda h� consenso no governo de que a oposi��o n�o conseguir� os 342 votos para abrir o processo na C�mara. "Essa margem est� flutuando, mas o governo ainda acredita que barra o impeachment nesta primeira fase", disse uma fonte.

A ordem dada aos l�deres que trabalham no Congresso � para que eles atuem junto aos parlamentares para tentar barrar as estrat�gias de Cunha, que consideram "uma tentativa de desviar o foco" das investiga��es da Lava Jato.

Temer

Apesar de buscar aproxima��o com Temer, uma fonte do Planalto disse que h� a consci�ncia que Temer e Cunha est�o do mesmo lado e com a aproxima��o com tucanos ensaiam cen�rios para um futuro governo do peemedebista, em caso de afastamento de Dilma.

Mais cedo, em nota, Temer recha�ou a ideia de discutir "cen�rios pol�ticos para futuro governo" e afirmou "que n�o delegou a ningu�m an�ncio de decis�es sobre sua vida p�blica. Quando tiver que anunciar algum posicionamento, ele mesmo o far�, sem intermedi�rios", diz a nota, enviada pela assessoria de Temer. A nota n�o cita o senador tucano Jos� Serra (SP) que, em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, publicada nesta segunda-feira, afirmou que Temer deve assumir compromissos com a oposi��o e com o Pa�s caso Dilma Rousseff seja afastada da Presid�ncia.