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Estado de Minas

Marcelo Odebrecht cogitou 'acionar' irm� de A�cio em debate presidencial em 2014


postado em 21/03/2016 19:13

S�o Paulo, 21 - Em depoimento � Pol�cia Federal no dia 24 de fevereiro, o presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Barbosa Silva J�nior, preso na Opera��o Acaraj� - 23� fase da Lava Jato - disse que o dono do grupo, Marcelo Odebrecht ficou "indignado" com a fala de Dilma sobre o financiamento do Porto de Mariel, em Cuba, durante debate eleitoral em 2014.

Ainda segundo o executivo, Odebrecht cogitou acionar a irm� do ent�o candidato tucano A�cio Neves para "prestar os devidos esclarecimentos". "Marcelo ficou indignado com afirma��o feita pela Presidente sobre o fornecimento de garantias em obras internacionais e cogitou que fosse acionada a irm� de A�cio Neves para que fossem prestados os devidos esclarecimentos, a fim de mostras que a afirmativa da presidente no debate era falsa", afirmou o executivo aos investigadores.

Benedicto decidiu citar o epis�dio ao final de seu depoimento, quando o delegado indagou se ele teria algo a acrescentar. O executivo, ent�o, explicou algumas das trocas de mensagens de celular que manteve com Odebrecht e que foram interceptadas pela Pol�cia Federal e serviram de base para 23� fase da Lava Jato.

Em um dos di�logos, durante o debate do segundo turno entre Dilma e A�cio no dia 24 de outubro, Marcelo Odebrecht manifesta a Benedicto sua indigna��o. "Ela (Dilma) est� mentindo. Passe um torpedo para a irm� (do A�cio). O financiamento e as garantias s�o do governo de Cuba. Ali�s melhor deixar quieto, vai que ela mostra seu torpedo para algu�m l�!", disse o dono da Odebrecht. At� ent�o, n�o se sabia que a "irm�" na mensagem seria uma parente do tucano

� a primeira vez que um executivo da empreiteira identifica pol�ticos e parentes nos di�logos mantidos com Marcelo Odebrecht. � PF, contudo, Benedicto n�o deixa claro qual seria a irm� do tucano, j� que A�cio tem duas. Para os investigadores da Lava Jato, o executivo seria o nome acionado por Marcelo Odebrecht "para a tratativa de assuntos escusos", diz a Pol�cia Federal no relat�rio que embasou a 23� fase da Lava Jato.

Em sua dela��o premiada, o senador e ex-l�der do governo no Senado Delcidio Amaral (sem partido-MS) afirmou que a irm� mais velha de A�cio, Andr�a Neves e a "mentora intelectual" do tucano e que "estava por tr�s" do governo de Minas nas gest�es do hoje senador mineiro. Ela ficou conhecida por coordenar a �rea de comunica��o e assessoria de imprensa do governo do irm�o em Minas.

Obra

Localizado a 45 quil�metros de Havana, capital de Cuba, o porto de Mariel � a grande aposta do pa�s de regime comunista para mudar sua economia. Custou US$ 957 milh�es e, deste total, US$ 682 milh�es foram financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES).

Da quantia financiada pelo BNDES para a constru��o de Mariel, pelo menos US$ 802 milh�es ser�o gastos no Brasil na compra de bens e servi�os comprovadamente brasileiros, de acordo com informa��es do governo. Por causa desse acordo, empresas brasileiras se dispuseram a participar do empreendimento, mediante a exporta��o dos servi�os que prestam e dos bens fabricados no Brasil.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de A�cio, mas a irm� dele estava em viagem e n�o foi localizada ainda para comentar o caso.


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