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Estado de Minas

Vice-presidente Michel Temer articula rompimento do PMDB com governo Dilma

Ele quer garantir uma vit�ria expressiva na reuni�o do diret�rio nacional do PMDB, marcada para ter�a-feira, em que deve ser oficializado o rompimento do partido com a presidente Dilma Rousseff


postado em 25/03/2016 08:37 / atualizado em 25/03/2016 09:14

(foto: EVARISTO SA/AFP Photo)
(foto: EVARISTO SA/AFP Photo)

A oferta de cargos no governo para dividir a base aliada no Congresso obrigou  o vice-presidente Michel Temer a cancelar sua viagem a Portugal nessa quinta-feira. Ele quer garantir uma vit�ria expressiva na reuni�o do diret�rio nacional do PMDB, marcada para ter�a-feira, em que deve ser oficializado o rompimento do partido com a presidente Dilma Rousseff, passo considerado fundamental para o impeachment da petista.

Com Temer envolvido diretamente nos bastidores da articula��o, o PMDB do Rio de Janeiro j� anunciou ontem que ir� votar pelo desembarque do governo. Os peemedebistas fluminenses sempre foram considerados estrat�gicos para o jogo do impeachment no Congresso. O Planalto deu mostras, contudo, que usar� o poder que ainda tem para atrapalhar os planos de Temer. A edi��o do Di�rio Oficial de ontem trouxe a demiss�o do presidente da Funda��o Nacional de Sa�de, Antonio Henrique Pires, que � ligada ao grupo do vice-presidente.

A troca deixa claro que o Planalto resolveu abrir m�o de negociar com os partidos para atender diretamente �s demandas dos deputados, provocando uma s�rie de divis�es em todas as bancadas. O foco do governo � o universo de 172 votos, n�mero m�nimo necess�rio para impedir o impeachment.

Conforme o Estado publicou ontem, o Planalto decidiu apostar na oferta de cargos em primeiro e segundo escal�o com dois objetivos iniciais: diminuir o impacto do prov�vel rompimento do PMDB e evitar que esse epis�dio contamine o restante dos partidos da base de sustenta��o no Congresso.

"Qualquer voto que eles conseguirem no PMDB � lucro", disse o deputado L�cio Vieira Lima (BA), integrante da ala a favor do impeachment. "Para n�s, � importante aprovar o desembarque do partido para mostrar nossa for�a", completou.

O Planalto conta com a ajuda dos atuais sete ministros do PMDB, que ocupam as pastas de Minas e Energia, Sa�de, Agricultura, Ci�ncia e Tecnologia, Turismo, Avia��o Civil e Portos. Por ora, nenhum deles deseja sair do cargo.

Em reuni�o com a presidente anteontem � noite, eles apresentaram o quadro atual da disputa dentro do partido e comprometeram-se a n�o facilitar o rompimento liderado pelo vice-presidente. Mesmo durante o feriado, o grupo de ministros dever� realizar liga��es para integrantes dos respectivos diret�rios estaduais, no intuito de assegurar votos contra a debandada.

Reuni�o
Diante das investidas da c�pula do governo, Michel Temer decidiu na manh� de ontem n�o viajar para Portugal. Em Lisboa, o vice-presidente participaria de um evento promovido pelo instituto de ensino jur�dicos ligado ao ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Apesar de ter cancelado a viagem, Temer n�o confirmou sua presen�a na reuni�o do diret�rio na ter�a-feira. Ele prefere n�o presidir o encontro que deve benefici�-lo. A dire��o dos trabalhos caberia ao primeiro vice-presidente do partido, senador Romero Juc� (PMDB-RR), favor�vel ao impeachment.

No Brasil, Temer ir� atuar nos bastidores para garantir uma vit�ria expressiva na reuni�o do diret�rio. O grupo do vice acredita que pode conseguir 75% de apoio a favor do rompimento. O diret�rio � integrado por 119 membros, das 27 unidades da federa��o. No evento em Portugal, est� prevista a participa��o de lideran�as de oposi��o como o presidente nacional do PSDB, senador A�cio Neves (MG), e o senador Jos� Serra (SP).


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