Ex-presidente da CNBB pede respeito � Constitui��o e preserva��o de institui��es

S�o Paulo,, 26 - O arcebispo da Arquidiocese de Mariana, Dom Geraldo Lyrio Rocha, pediu respeito � Constitui��o e preserva��o das institui��es para superar a atual crise pol�tica do pa�s, em entrevista concedida � Ag�ncia Brasil ontem. Ele pediu tamb�m mais serenidade e menos radicaliza��o.

Embora n�o haja uma posi��o oficial do conjunto do episcopado brasileiro sobre a crise pol�tica, Dom Geraldo Lyrio defendeu que como cidad�o, cada bispo tem o direito de expressar seu pensamento livremente. Na entrevista revelou, no entanto, que o assunto deve figurar nas discuss�es da CNBB. "A conjuntura nacional ser� um ponto forte das discuss�es da pr�xima assembleia-geral da CNBB, no in�cio de abril, e existe a possibilidade de posi��es serem assumidas de forma oficial", disse.

Dom Geraldo Lyrio foi presidente da Confedera��o Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) de 2007 a 2011. Declarando-se sem posi��o pol�tico-partid�ria, o bispo ressaltou que o povo brasileiro � o mais sacrificado no atual momento e que muitas solu��es propostas s�o voltadas a interesses pessoais e n�o da na��o. "Esperamos que o direito prevale�a, que n�o se ultrapasse aquilo que � da Justi�a, que as institui��es possam ser preservadas e que a Constitui��o seja respeitada", afirmou.

A Ag�ncia Brasil lembra que em dezembro do ano passado, quando o presidente da C�mara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), autorizou a abertura do processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff, a Comiss�o Brasileira Justi�a e Paz, da CNBB, divulgou nota questionando os motivos do parlamentar.

Nos �ltimos dias, circulou nas redes sociais um v�deo do bispo dom Ailton Menegussi, da Diocese de Crate�s (CE), em que apresentou aos fi�is sua posi��o contra o impeachment. "N�s n�o vamos apoiar simplesmente a troca de governos, de pessoas interesseiras, que est�o apenas querendo se apossar porque s�o carreiristas", disse durante cerim�nia religiosa.

Na manh� de quinta-feira, o arcebispo de S�o Paulo, Dom Odilo Scherer, foi agredido por uma mulher no fim da Missa do Crisma, que abriu as celebra��es da P�scoa na Catedral da S�, em S�o Paulo. Antes da agress�o, ainda durante a missa, a mulher chamou Dom Od�lio de comunista e disse que aquela Igreja n�o podia ser dirigida por pessoas como ele.