Bras�lia, 28 - O ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), pediu exonera��o do cargo. O documento foi distribu�do nesta segunda-feira, 28, na presid�ncia do PMDB. A decis�o ocorre um dia antes de o partido se reunir para decidir sobre o rompimento com o governo federal. Procurado, Alves n�o atendeu �s liga��es da reportagem.
Na carta endere�ada � presidente Dilma Rousseff, em que pede exonera��o do cargo, Henrique Alves alega que o di�logo "se exauriu" e diz que o PMDB est� diante do desafio de escolher seu caminho, "sob a presid�ncia do meu companheiro de tantas lutas, Michel Temer".
Aclama��o
Hoje, Temer e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), chegaram a um acordo para que a decis�o do Diret�rio Nacional do PMDB amanh�, que sacramentar� o desembarque da legenda do governo federal, seja feita por "aclama��o".
Os acertos entre Temer e Renan t�m como objetivo dirimir qualquer desgaste � c�pula da legenda ap�s uma decis�o do diret�rio nacional. Em n�o havendo vota��o, mas apenas uma sinaliza��o simb�lica por parte dos delegados presentes, n�o h� como se contabilizar o tamanho dos poss�veis apoios que poderiam ser dados ao governo.
Confira a �ntegra do documento com o pedido de exonera��o do ministro do Turismo
"Venho por meio desta carta entregar o honroso cargo de Ministro do Turismo do seu governo e agradecer por toda a confian�a e respeitosa rela��o mantida durante esses onze meses em que trabalhamos juntos.
Pensei muito antes de faz�-lo, considerando as motiva��es e desafios que me impulsionaram a assumir o Minist�rio (e que acredito ter honrado): fazer do Turismo uma importante agenda econ�mica pol�tica e social do governo e do Pa�s.
Mas independentemente de nossa inten��es, o momento nacional coloca agora o PMDB, o meu partido h� 46 anos, diante do desafio maior de escolher o seu caminho, sob a presid�ncia do meu companheiro de tantas lutas, Michel Temer.
Todos - o governo que assumi e o PMDB que sou, sabem que sempre prezei o di�logo permanente. Di�logo este que - lamento admitir - se exauriu.
Assim, Presidenta Dilma, � a decis�o que tomo. N�o nego que dif�cil, mas consciente, coerente, respeitando o meu Rio Grande do Norte, e sempre - como todos n�s, na luta por um Brasil melhor.
Estou certo de que, sendo a Senhora algu�m que preza acima de tudo a coer�ncia ideol�gica e a lealdade ao seu pr�prio partido, entender� minha decis�o.
Respeitosamente, Henrique Eduardo Alves