
Apesar de n�o ter participado da reuni�o que aprovou o rompimento, por ser contra o desembarque, o l�der assumiu o discurso partid�rio. Disse que, a partir de agora, "ningu�m mais est� autorizado" a assumir cargos no governo. "Quem ficar fica por conta pr�pria. A lideran�a n�o encaminhar� mais pleitos por cargos", afirmou.
O recuo tamb�m foi dado pelo indicado por Picciani para integrar a Secretaria da Avia��o Civil (SAC), deputado federal Mauro Lopes (MG). O mineiro decidiu que entregar� o cargo nos pr�ximos dias, depois que conversar com a presidente Dilma, o vice-presidente Michel Temer e a bancada do PMDB de Minas Gerais, que j� rompeu oficialmente com o governo.
O cargo foi oferecido pelo Planalto a Mauro Lopes como uma das �ltimas tentativas de manter o PMDB na base aliada. Lopes tomou posse na semana retrasada. Tamb�m indicados por Picciani, os ministros Celso Pansera (Ci�ncia e Tecnologia) e Marcelo Castro (Sa�de) querem ficar nos cargos.
Com a sa�da do posto, Lopes evita ser expulso do partido. Peemedebistas j� admitem que o processo de expuls�o dele por ter assumido a SAC, contrariando mo��o que proibia membros do PMDB de assumir cargos no governo, n�o dever� ter seguimento. Atualmente, o processo est� sendo analisado pela Comiss�o de �tica da sigla.
Lista
Peemedebistas da ala oposicionista e aliados de Picciani avaliam que ele arrefeceu sua postura pois est� ciente de que o desembarque do PMDB deve provocar ao aumento de deputados favor�veis ao impeachment. A ala oposicionista j� calcula que a bancada poder� chegar a ter at� 60 votos favor�veis e apenas oito contr�rios ao impedimento.
Aliados e opositores de Picciani ressaltam que o parlamentar tem consci�ncia de que, se n�o seguir a maioria da bancada (hoje pr�-impeachment), poder� ser alvo de uma nova lista para destitu�-lo da lideran�a. No fim do ano passado, ele chegou a ser destitu�do do cargo por lista, mas conseguiu retom�-lo dias depois, tamb�m por meio de lista. Aliados apontam ainda que a flexibiliza��o do discurso foi influenciada pela decis�o de deixar oficialmente o governo dos diret�rios do PMDB do Rio e de Minas, principais apoiadores dele na lideran�a do partido.
No caso do Rio, o movimento foi liderado pelo pai do l�der, o deputado estadual Jorge Picciani. Picciani diz que n�o houve mudan�a de sua postura, embora reconhe�a que a situa��o do governo est� complicada.