Renan diz que pretende 'ficar longe' de decis�o sobre perman�ncia de ministros

Bras�lia - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta quarta-feira que se reuniu com ministros do PMDB Eduardo Braga (Minas e Energia), K�tia Abreu (Agricultura) e Helder Barbalho (Portos) ap�s a reuni�o da Executiva Nacional do partido que decidiu pelo rompimento com o governo da presidente Dilma Rousseff com a consequente entrega imediata de cargos do Executivo Federal ocupado por peemedebista. Contudo, ele disse ter se recusado a opinar sobre o que cada um deveria fazer.

"Sinceramente n�o sei o que se passa na cabe�a de cada ministro. Eles conversaram, mas (cada um) externando um ponto de vista e n�o havia consenso entre eles. Eles ficaram de hoje conversar com a presidente (Dilma Rousseff) e definir com ela o que � que v�o fazer. Fiz quest�o de dizer a eles que, da mesma forma que n�o quis influir na nomea��o deles, muito menos gostaria de influir na exonera��o", disse Renan, em entrevista na chegada a seu gabinete no Senado.

O peemedebista, que promoveu um jantar na resid�ncia oficial da Presid�ncia do Senado com os ministros, foi lac�nico sobre o encontro. Disse apenas que as conversas com eles s�o sempre muito agrad�veis e que conversaram bastante. "Mas eu tenho que ficar muito longe dessa decis�o se v�o ficar ou n�o", ressalvou.

O presidente do Senado n�o quis responder se a eventual perman�ncia deles na Esplanada mesmo contrariando uma decis�o partid�ria n�o mostra um apego exagerado aos cargos. Ele destacou que o Pa�s vive um momento conturbado da vida nacional e fez quest�o de exaltar a import�ncia do PMDB.

"O PMDB, como maior institui��o congressual, maior partido, tem uma responsabilidade muito grande. E qualquer movimento que o PMDB fizer, esse movimento evidentemente que vai influir nos demais partidos, o que s� aumenta a responsabilidade", disse ele, ao ponderar que n�o sabe o que "motivou" a realiza��o da reuni�o da c�pula partid�ria ontem.

Renan repetiu que, como tamb�m � presidente do Congresso, tem uma preocupa��o de manter a independ�ncia do Poder. "Se conseguir preservar a institui��o dessa partidariza��o que est� acontecendo, estarei cumprindo meu papel", afirmou ele.

At� o momento apenas o Henrique Eduardo Alves, indicado pelo vice-presidente da Rep�blica, Michel Temer, para o minist�rio do Turismo, entregou o cargo. A decis�o de Alves ocorreu na v�spera do encontro do diret�rio que decidiu pelo rompimento pelo governo. Os demais seis ministros do PMDB ainda permanecem no cargo.

Tamb�m nesta quarta-feira, a ministra K�tia Abreu causou pol�mica ao dizer que fica no governo e n�o deixa o partido.