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Estado de Minas

Em rara atitude, Renan encerra sess�o ap�s bate-boca em torno do impeachment


postado em 30/03/2016 20:37

Bras�lia, 30 - O clima de beliger�ncia entre os senadores aliados da presidente Dilma Rousseff e os defensores do impeachment da petista chegou ao Senado nesta quarta-feira, 30, um dia ap�s a decis�o da dire��o do PMDB de entregar os cargos no governo. Ap�s uma sess�o em que a todo o momento os dois lados trocavam acusa��es, o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidiu nesta noite encerrar os trabalhos do plen�rio sem a conclus�o da vota��o de uma medida provis�ria que abria cr�dito no valor de R$ 1,3 bilh�o a minist�rios (MP 709).

Durante a sess�o, o l�der do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), reclamou que o governo teria feito uma "pedalada" por usar dinheiro dos trabalhadores e n�o do or�amento da Uni�o para garantir o repasse de recursos para o Programa Minha Casa Minha Vida. Segundo ele, o Executivo editou a Medida Provis�ria 698/2015 para destinar R$ 4,8 bilh�es do FGTS a fundo perdido para a nova fase do programa.

Em seguida, disse Caiado, o governo cancelou, por meio da MP 709, R$ 720 milh�es em recursos do or�amento de um fundo que � utilizado para sustentar o programa habitacional. "Ent�o, � cortesia com o chap�u do trabalhador brasileiro", criticou o l�der do DEM, referindo-se ao fato de que os recursos do FGTS serem dos trabalhadores.

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) interveio e disse que a MP 698 era mat�ria vencida, por ter sido aprovada pouco antes pelo senadores. Caiado rebateu-a dizendo que ele estava, sim, discutindo a MP 709 e que ela n�o teria prestado a aten��o por estar conversando com um assessor. Para ele, � um "contrassenso" o que o governo fez.

"Como � que voc�s querem que o FGTS d�, a fundo perdido, 4,8 bilh�es para o Governo fazer casa, sendo que voc�s, naquilo que � do or�amento, voc�s cortam R$ 720 milh�es?" questionou o l�der do DEM.

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) retrucou e disse que havia um "elitismo exacerbado" do colega do DEM ao defender que n�o h� como se fazer casa para pobre sem o uso dos recursos subsidiados do FGTS. Caiado subiu o tom e acusou o Pal�cio do Planalto de ter se transformado em comit� contra o impeachment e que a sociedade est� cansada desse "engodo".

A partir da�, Caiado e senadores alinhados ao governo come�aram a trocar acusa��es. "O Brasil, que j� est� no fundo do po�o, se n�o tiver o impeachment da Presidente, esse Brasil realmente vai entrar num processo de convuls�o social", acusou o l�der do DEM. O l�der do governo, o petista Humberto Costa (PE), questionou-o sobre quem pagou o champanhe e o fil� mignon e disse que Caiado queria atrapalhar a vota��o da MP 709. "Para de falar bobagem!", pediu Costa.

O l�der do DEM continuou as queixas e disse que o governo vai precisar de 172 minist�rios para distribuir a cada um dos deputados para barrar o impeachment na C�mara. Renan suspendeu por um minuto e logo na reabertura alertou que, se houvesse novas interrup��es, ele "talvez" encerrasse a sess�o.

O aviso n�o surtiu efeito, porque continuaram discutindo a conjuntura pol�tica. O senador peemedebista Romero Juc� (RR) afirmou que o PMDB est� pronto para debater o que for preciso. "Agora, n�s n�o vamos calar. Debater nessa medida provis�ria... Eu tive a informa��o de que o senador Lindbergh disse que o PMDB est� cortando R$ 30 bilh�es de Bolsa Fam�lia. Isso n�o � verdade! N�o � o assunto da medida provis�ria. Agora, quero dizer que estarei � disposi��o", disse.

Lindbergh Farias disse ter se referido a uma entrevista recente concedida pelo ex-ministro Moreira Franco dada ao jornal O Estado de S.Paulo. "Est� encerrada a sess�o", anunciou Renan, retirando-se logo em seguida do plen�rio sem dar entrevistas.


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