Bras�lia, 31 - O presidente da C�mara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), voltou a criticar a negocia��o de cargos que o governo federal est� articulando com partidos da base aliada, ap�s a sa�da do PMDB, na �ltima ter�a-feira. Hoje, Cunha afirmou que esse tipo de acordo "� liquida��o de fim de governo, � feir�o do Petrol�o", fazendo refer�ncia ao esquema de corrup��o na Petrobras, no qual ele pr�prio � investigado.
O peemedebista tamb�m comentou as declara��es do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que criticou o rompimento da sigla com o governo. "Eu n�o acho que foi precipitado, do meu ponto de vista j� est� atrasado em oito meses", opinou. Sobre a declara��o de que o afastamento do governo teria sido um movimento "pouco inteligente", Cunha disse que "ent�o � pouco inteligente a unanimidade que aclamou a decis�o".
Apesar da decis�o do partido de que todos os membros devem sair imediatamente do governo, alguns ministros do PMDB demonstram inten��o de continuar nos cargos. "Eu defendo que aqueles que est�o efetivamente no governo saiam", avaliou o presidente da C�mara, que disse que as "consequ�ncias cabem ao partido". "Alguns n�o t�m muita identidade com o PMDB, gente recente no partido, esses s�o os mais aguerridos a continuar no governo."
A ministra da Agricultura, K�tia Abreu, afirmou nesta quarta-feira, 30, pelo microblog Twitter, que n�o deixar� o governo. As mensagens foram publicadas instantes depois de uma foto, publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, flagrar uma troca de mensagens entre ela e um interlocutor. O texto dizia que ela e mais cinco ministros do PMDB ficariam no governo depois de se licenciar do partido.