S�o Paulo, 31 - A Pol�cia Federal indiciou a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e o ex-ministro Paulo Bernardo (Planejamento e Comunica��es do governo Lula) por corrup��o passiva, na Opera��o Lava Jato, ao concluir que o casal recebeu R$ 1 milh�o de propina oriundo de contratos da Petrobras. A senadora petista teria recebido o valor em esp�cie na campanha de 2010 para custear as despesas da elei��o ao Senado. Tamb�m foi indiciado o empres�rio Ernesto Kugler Rodrigues, de Curitiba.
Segundo a PF, o ex-ministro Paulo Bernardo teria solicitado a quantia ao doleiro Alberto Youssef ou ao ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa para custear a campanha. Para a PF, Paulo Bernardo tinha conhecimento de que os valores eram il�citos, caso contr�rio n�o teria solicitado a Paulo Roberto Costa.
A PF ainda aponta que Ernesto Kugler Rodrigues recebeu o valor em quatro parcelas a pedido da senadora e do marido.
Durante as investiga��es, a PF encontrou na agenda de Paulo Roberto a inscri��o a �1,0 PB� e confirmou que se tratava do ex-ministro. Os valores, segundo os federais, foram levados de S�o Paulo a Curitiba por Antonio Carlos Fioravante Pieruccini, que documentou todo o local da entrega para os policiais. A PF identificou ainda registros telef�nicos que confirmariam a propina para a campanha.
� PF, Gleisi tamb�m negou ter recebido os valores. No inqu�rito, Paulo Bernardo negou que tivesse solicitado os valores para a campanha de Gleisi. O ex-ministro alegou na �poca que havia uma orienta��o do ent�o presidente Luiz In�cio Lula da Silva para que os ministros n�o se envolvessem na arrecada��o das campanhas.
Em sua dela��o premiada, o dono da UTC Engenharia Ricardo Pessoa contou que Paulo Bernardo lhe pediu financiamento para a campanha de Gleisi. Segundo o empreiteiro, as doa��es ao caixa oficial da campanha e tamb�m para ao Diret�rio Nacional do PT foram registradas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).